13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

✐✐✐✐340 Anabela GradimEm geral os i<strong>de</strong>alistas acreditam que a realida<strong>de</strong> é cognoscível, por isso secontrapondo aos mais diversos “cartesianismos”, e nesse sentido, a máximapragmatista é i<strong>de</strong>alista, pois “uma vez que o significado é a concepção queveicula, o absolutamente incognoscível não tem significado porque nenhumaconcepção se pren<strong>de</strong> a ele. É, por conseguinte, uma palavra sem significado,e consequentemente, o que quer que seja significado pelo termo “o real” é emalgum grau cognoscível, e portanto é da natureza <strong>de</strong> uma cognição, no sentidoobjectivo do termo”. 33Peirce chega mesmo a apresentar o seu pragmatismo como um “i<strong>de</strong>alismocondicional”, pois o real e a verda<strong>de</strong> existem in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente das opiniõesindividuais, constrangendo-as, mas não das opiniões ou do pensamento emgeral, já que o real é a forma pre<strong>de</strong>stinada a que essas opiniões, dado umtempo suficientemente longo, chegarão. 34 E i<strong>de</strong>alismo condicional porque ouso da forma would serve para afastar a actualida<strong>de</strong> da opinião pre<strong>de</strong>stinada.Ela nunca existe hic et nunc, mas é algo que se daria no futuro. Aliás, atentarno papel que nele <strong>de</strong>sempenham os would be’s, e que já examinamos, tambémreforça a condicionalida<strong>de</strong> do pragmatismo.O i<strong>de</strong>alismo pragmatista projecta a realida<strong>de</strong> no futuro, através do processo<strong>de</strong> melonização que repousa na continuida<strong>de</strong>, e on<strong>de</strong> “o que é concebidocomo tendo sido, é concebido como repetido ou estendido in<strong>de</strong>finidamente noque sempre será”. O que seria o real <strong>de</strong>riva-se assim por melonização a par-33 . “We come now to the consi<strong>de</strong>ration of the last of the four principles whose consequenceswe were to trace; namely, that the absolutely incognizable is absolutely inconceivable. Thatupon Cartesian principles the very realities of things can never be known in the least, mostcompetent persons must long ago have been convinced. Hence the breaking forth of i<strong>de</strong>alism,which is essentially anti-Cartesian, in every direction, whether among empiricists (Berkeley,Hume), or among noologists (Hegel, Fichte). The principle now brought un<strong>de</strong>r discussion isdirectly i<strong>de</strong>alistic; for, since the meaning of a word is the conception it conveys, the absolutelyincognizable has no meaning because no conception attaches to it. It is, therefore, a meaninglessword; and, consequently, whatever is meant by any term as "the real"is cognizablein some <strong>de</strong>gree, and so is of the nature of a cognition, in the objective sense of that term”,Collected Papers, 5.310.34 . “I call my form of it [pragmatism] “conditional i<strong>de</strong>alism”. That is to say, I hold thattruth’s in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nce of individual opinions is due (so far as there is any “truth”) to its beingthe pre<strong>de</strong>stined result to which sufficient inquiry would ultimately lead”, Collected Papers,5.494.www.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!