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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐324 Anabela Gradimque este estabelece com o seu objecto, gerando, respectivamente, um índice,um ícone ou um símbolo.Ícone é o signo que se relaciona ao seu objecto por possuir uma qualquersemelhança com este, quer esse objecto exista ou não. Po<strong>de</strong>m ser ícones asimagens, as fotografias, mas também os mapas, os diagramas e as metáforas,que apresentam uma semelhança estrutural com o que significam. O Índice éo signo que se refere ao seu objecto por uma relação real, “sendo realmenteafectado por ele”. Nunca po<strong>de</strong>ria ser um qualissigno, já que as qualida<strong>de</strong>s<strong>de</strong>ste existem in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> tudo o mais, e embora “envolva algumtipo <strong>de</strong> ícone” 187 porque tem <strong>de</strong> possuir alguma qualida<strong>de</strong> em comum com oobjecto que o afecta para que signifique, não se reduz a uma mera semelhançado objecto, mas implica que seja realmente afectado ou modificado por este.Deícticos, o gesto <strong>de</strong> apontar, um cata-vento, nomes próprios, sintomas, sãotudo exemplos <strong>de</strong> índices.Finalmente, o signo que se refere ao objecto que <strong>de</strong>nota em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> umalei toma o nome <strong>de</strong> Símbolo e essa lei ou regra geral faz com que o símboloseja interpretado como referindo-se ao seu objecto. Trata-se, pois, <strong>de</strong> umaespécie <strong>de</strong> legissigno que age através <strong>de</strong> uma réplica. Não só o símbolo égeral, como o seu objecto é também geral, embora <strong>de</strong>vam existir no mundoinstâncias concretas <strong>de</strong>sse objecto que é <strong>de</strong>notado pelo símbolo, que terá <strong>de</strong>ser afectado, mesmo que indirectamente, por essas instâncias – <strong>de</strong> forma queenvolve também sempre um tipo <strong>de</strong> índice. 188 São símbolos todos os nomesda linguagem, uma ban<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> um país, o crescente ou a cruz simbolizandoo Islão ou o Cristianismo, etc.A terceira tricotomia dos signos consi<strong>de</strong>ra a relação que estes estabelecemcom o seu interpretante, no caso <strong>de</strong> este o representar como signo <strong>de</strong> umapossibilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> um facto ou <strong>de</strong> uma razão; 189 e os tipos <strong>de</strong> signo que lhecorrespon<strong>de</strong>m são o Rema, o Dicissigno e o Argumento. 190O Rema é, para o seu interpretante, um signo <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong> qualitativa– isto é, entendido como representando um tipo <strong>de</strong> objecto possível, caso dopredicado <strong>de</strong> qualquer proposição; nesta a cópula “é” não afecta o sujeito, mas187 . Collected Papers, 2.248.188 . Collected Papers, 2.249.189 . Collected Papers, 2.243.190 . Collected Papers, 2.250.www.labcom.pt✐✐✐✐

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