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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐62 Anabela Gradimqualquer discussão. 85 A este jogo <strong>de</strong> linguagem filosófico e transcen<strong>de</strong>ntalque é necessário postular cumpre funcionar como meta-instituição que po<strong>de</strong>justificar ou fundar as restantes formas <strong>de</strong> vida institucionalizadas no mundo,estabelecendo uma compreensão ou mediação dialógica relativamente a essesjogos <strong>de</strong> linguagem. 86A argumentação, a comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação e um jogo <strong>de</strong> linguagemtranscen<strong>de</strong>ntal – privilégio concedido ao jogo <strong>de</strong> linguagem filosófico –constituem as pressuposições necessárias e o ponto <strong>de</strong> partida on<strong>de</strong> assenta aTransformação da Filosofia ou filosofia transcen<strong>de</strong>ntal semioticamente transformada.Quando o segundo Wittgenstein ultrapassou o solipsismo metodológicodo convencionalismo semântico neopositivista (ora, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> obtêm tais convençõeso seu significado? Pergunta, e muito bem, Apel), estava a abrir caminhopara a instauração do valor transcen<strong>de</strong>ntal das regras que regem a comunicaçãohumana e, por essa via, a uma “ética mínima” que todos aqueles queparticipam na discussão têm necessariamente <strong>de</strong> partilhar. Pormenorizemos.“É precisamente porque, segundo Wittgenstein, não existe nenhuma garantia,subjectiva ou objectiva, para o significado dos signos ou mesmo para a valida<strong>de</strong>das regras <strong>de</strong>sse jogo <strong>de</strong> linguagem, como horizonte <strong>de</strong> todo o critério<strong>de</strong> significado e valida<strong>de</strong>, que têm <strong>de</strong> possuir um valor transcen<strong>de</strong>ntal. Nós,seres humanos, estamos con<strong>de</strong>nados ao acordo entre nós sobre o critério dosignificado e valida<strong>de</strong> das nossas acções e conhecimento”. 8785 . “... the inalienable normative and i<strong>de</strong>al pressuposition of the transcen<strong>de</strong>ntal languagegameof an unlimited communication community is postulated in any argument, in<strong>de</strong>ed in anyhuman world (in fact, more precisely, with any action that is to be intelligible)”, in APEL,Karl-Otto, Towards a Transformation of Philosophy, 1980, Routledge & Kegan Paul, London,c○ Suhrkamp Verlag, Frankfurt am Main, 1972-73, p. 140.86 . Cf. Gilbert Hottois, p. 209. Hottois nota ainda, neste passo, que Apel, ao alimentara recuperação do jogo <strong>de</strong> linguagem transcen<strong>de</strong>ntal da filosofia com pretensões <strong>de</strong> valida<strong>de</strong>,universalida<strong>de</strong> e normativida<strong>de</strong>, está na realida<strong>de</strong> a <strong>de</strong>senvolver uma linha <strong>de</strong> pensamento queo levará em direcção ao “teoretismo” e “monologismo” contra os quais erguera a sua Transformaçãoda Filosofia. “. . . cette conservation <strong>de</strong> l’accent transcendantal <strong>de</strong> la philosophie seradéveloppé par le second Appel dans une direction oú le théoretisme semble <strong>de</strong>voir toujours davantagerecouvrer ses droits et oú, à notre avis, le monologisme finit quand même par s’imposerdans l’exercice <strong>de</strong> la philosophie”, ibi<strong>de</strong>m.87 . “It is precisely because, according to Wittgenstein, no objective or subjective metaphysicalguarantee exists for the meaning of signs or even for the validity of rules that the “languagegame”,as the horizon of all criteria of meaning and validity, must possess a transcen<strong>de</strong>ntalwww.labcom.pt✐✐✐✐

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