13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

✐✐✐✐Arquitectónica e Metafísica Evolucionária 205uma Secundida<strong>de</strong> ou Primeirida<strong>de</strong> no fenómeno que não seja acompanhadapor Terceirida<strong>de</strong>”. 127Depois, para que o edifício categorial fique completo – visto que as categoriasjá <strong>de</strong>monstraram a sua operativida<strong>de</strong> tanto a nível lógico como metafísicoou ontológico – resta agora a Peirce provar a sua não redundância ecompletu<strong>de</strong>, isto é, que as categorias exaurem todos os aspectos do fenómeno,que bastam para <strong>de</strong>screver qualquer um, e que são apenas três, não existindouma quarta, nem quinta, nem assim por diante.Também para este ponto o método <strong>de</strong> Peirce consistirá em provar a questãoem lógica, através do seu trabalho em lógica dos relativos, e esten<strong>de</strong>r essaconclusão para o universo metafísico, conce<strong>de</strong>ndo-lhe valida<strong>de</strong> ontológica.Recor<strong>de</strong>-se que já fora esse mesmo o método seguido na <strong>de</strong>dução das categorias,que a análise fenomenológica vem corroborar, conferindo a essasconclusões conteúdo experiencial concreto e assegurando a sua relação com oreal. 128Terceirida<strong>de</strong> envolve, como vimos, significado, pensamento, e é uma modalida<strong>de</strong>projectada no futuro, conferindo <strong>de</strong>terminadas características ao fenómeno,e <strong>de</strong>terminando como ocorrerá. Peirce consi<strong>de</strong>ra-a a última categoria,e di-la genuinamente categoria porque nenhuma complicação <strong>de</strong> día<strong>de</strong>spo<strong>de</strong>ria dar conta da relação triádica ou <strong>de</strong>screvê-la na sua autenticida<strong>de</strong>. 129O que a lógica dos relativos mostra sobre a exaustivida<strong>de</strong> e completu<strong>de</strong>das categorias é que relações triádicas genuínas nunca po<strong>de</strong>m ser construídasa partir <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>s ou relações diádicas. Os “grafos existenciais” <strong>de</strong>monstramisso mesmo, <strong>de</strong> forma diagramática. É que enquanto um grafo “comtrês caudas”, isto é, aquele que representa a relação triádica, não po<strong>de</strong> serformado por grafos <strong>de</strong> duas ou uma “cauda”, 130 a combinação <strong>de</strong> grafos querepresentam a relação tetrádica basta para construir grafos <strong>de</strong> qualquer númeropossível. “E a análise mostrará que toda a relação que é tetrádica, pentádica,127 . Collected Papers, 5.90.128 . Cf, por exemplo, Collected Papers, 1.346-48; 1363-68, e PEIRCE, <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs,Semiotics and Significs — The Correspon<strong>de</strong>nce Between <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs Peirce and VictoriaLady Welby, ed. HARDWICK, <strong>Charles</strong> S., Indiana University Press, 1977, Bloomington,Indiana, p. 43.129 . “... a triadic relation is inexpressible by means of diadic relations alone”, CollectedPapers, 1.345.130 . “Tail” é a palavra que Peirce usa para se referir à configuração dos grafos.www.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!