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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐402 Anabela Gradimvas <strong>de</strong> existir uma primeirida<strong>de</strong> da terceirida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> esta po<strong>de</strong>r ser dada napercepção. É que esse mecanismo torna possível a percepção qualitativa dageneralida<strong>de</strong> ou thirdness no juízo estético. Ora se percebemos a terceirida<strong>de</strong>na percepção, como primeirida<strong>de</strong>, então seria possível através do juízoestético – que é um juízo meramente qualitativo ou <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, e por issoPeirce caracteriza-o como o estado <strong>de</strong> consciência mais puro que há – apreen<strong>de</strong>ra razoabilida<strong>de</strong> concreta do mundo (que é um terceiro). O que suce<strong>de</strong>é que apreen<strong>de</strong>r-se-ia imediatamente uma terceirida<strong>de</strong> num juízo qualitativo(primeirida<strong>de</strong>) e isso seria, em estética, aquilo que é julgado belo e bom. Comesta i<strong>de</strong>ntificação do juízo estético ao ultimate aim que é razoabilida<strong>de</strong> o hedonismoé afastado e a estética fica apta a conduzir as outras ciências normativascomo a primeira <strong>de</strong> entre elas. O hedonismo, que era a gran<strong>de</strong> objecção <strong>de</strong>Peirce a fechar as Ciências Normativas com a estética fica afastado porque ojuízo estético já não se relaciona ao prazer ou dor do sujeito, mas a uma apreensãoda primeirida<strong>de</strong> da terceirida<strong>de</strong> que é directamente dada na percepção,e percebida como aquilo que é pleasurable e bom, sendo a cognição, mais queo sentimento, o seu principal constituinte, pois o processo <strong>de</strong> autocontrole dopensamento e acção está permanentemente em curso.A percepção da terceirida<strong>de</strong> faz parte da experiência estética <strong>de</strong> um modomuito particular. Peirce diz que ela é dada antes <strong>de</strong> os processos <strong>de</strong> autocontroleda cognição terem início (é como que uma premissa), e que todo oraciocínio, em última análise, a ela po<strong>de</strong> ser reconduzido porque aí assenta.Aqui chegados, é necessário distinguir entre experiência estética e juízoestético. A experiência estética é o sentimento <strong>de</strong> uma qualida<strong>de</strong> que, emsi, não é boa nem má. Esse sentimento é o resultado do processo crítico e<strong>de</strong> resoluções anteriormente tomadas, mas é, no momento da experiência, incontrolável.Tal sentimento será <strong>de</strong>pois recordado no juízo estético, que já éresultado <strong>de</strong> comparação, e dotado <strong>de</strong> significado, isto é, <strong>de</strong>clarado bom oumau. Qualquer conduta, que é um hábito <strong>de</strong> sentimento, e sobre a qual geralmenteno momento da ocorrência não reflectimos, po<strong>de</strong> ser reconduzida a umjuízo estético, acordando em nós um sentimento <strong>de</strong> prazer ou <strong>de</strong>sprazer. Estereforça a resolução <strong>de</strong> prosseguir ou <strong>de</strong>scontinuar tal hábito <strong>de</strong> sentimento, <strong>de</strong>volvendoa questão ao processo lógico <strong>de</strong> autocontrole, e assim contribuindopara a mo<strong>de</strong>lação e progressivo aperfeiçoamento dos hábitos <strong>de</strong> sentimento. 4343 . “An action in accordance with a <strong>de</strong>termination is accompanied by a feeling that is plewww.labcom.pt✐✐✐✐

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