13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

✐✐✐✐A Dimensão Comunicacional da Semiótica <strong>de</strong> Peirce 79praticamente todos os pensadores <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Ockham, e <strong>de</strong>finindo-o assim negativamentecomo antinominalista.A visão <strong>de</strong> que o reconhecimento dos universais está vinculado à possibilida<strong>de</strong>do mundo ser representado por signos numa comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serespensantes é uma pressuposição central da filosofia <strong>de</strong> Peirce, que ele provavelmente<strong>de</strong>ve à gran<strong>de</strong> tradição semiótica do nominalismo britânico. É a linhagemdo que Murphy chamou “fenomenalismo” semiótico ou “i<strong>de</strong>alismo” dojovem Peirce. Daqui surge a sua nova fundação da semiótica como semióticalógica, com as disciplinas subordinadas da gramática especulativa, retórica especulativa,e lógica crítica. 19 O facto <strong>de</strong> o signo, “algo que está por algo paraalguém a algum respeito ou capacida<strong>de</strong>”, 20 se relacionar simultaneamente aoseu objecto, ao fundamento e ao interpretante, <strong>de</strong>limitará os três ramos da ciênciasemiótica: lógica crítica no que toca ao objecto, isto é, às condições<strong>de</strong> verda<strong>de</strong> das representações; gramática especulativa é o nome que toma aciência que estuda os signos na sua relação ao fundamento; e retórica puraquando, na relação ao interpretante, a ciência se ocupa com as leis pelas quaisum interpretante dá origem a outros.Aquilo que Peirce critica no nominalismo, diz Apel, é o facto <strong>de</strong> ser incapaz<strong>de</strong> reconciliar os Universais, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da representação do mundoatravés <strong>de</strong> signos, com a sua natureza objectiva, isto é, a incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>justificar a realida<strong>de</strong> virtual dos Universais nas coisas individuais, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntementedo que um indivíduo ou uma comunida<strong>de</strong> limitada possam pensar<strong>de</strong>ssas coisas. Peirce acusa o nominalismo <strong>de</strong> ter uma má metafísica, uma quecontém a proposição sem sentido <strong>de</strong> que po<strong>de</strong>m ou <strong>de</strong>vem existir coisas em19 . “ In consequence of every representamen being thus connected with three things, theground, the object, and the interpretant, the science of semiotic has three branches. The firstis called by Duns Scotus grammatica speculativa. We may term it pure grammar. It has for itstask to ascertain what must be true of the representamen used by every scientific intelligence inor<strong>de</strong>r that they may embody any meaning. The second is logic proper. It is the science of whatis quasi-necessarily true of the representamina of any scientific intelligence in or<strong>de</strong>r that theymay hold good of any object, that is, may be true. Or say, logic proper is the formal scienceof the conditions of the truth of representations. The third, in imitation of Kant’s fashion ofpreserving old associations of words in finding nomenclature for new conceptions, I call purerhetoric. Its task is to ascertain the laws by which in every scientific intelligence one sign givesbirth to another, and especially one thought brings forth another. Collected Papers, 2.229.20 . “A sign, or representamen, is something which stands to somebody for something insome respect or capacity”, Collected Papers, 2.228.www.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!