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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐A Dimensão Comunicacional da Semiótica <strong>de</strong> Peirce 15a epistemologia kantiana é reformulada, substituindo as condições a priori <strong>de</strong>possibilida<strong>de</strong> do juízo sintético pela inferência válida in the long run. Comojá se nota, esta é uma reformulação que conduz directamente ao tema do falibilismo,e implicará uma nova e diferente concepção <strong>de</strong> real, que tão bemcompaginará <strong>de</strong>pois com o pragmatismo. Textos chave para a compreensãoda noção peirceana da activida<strong>de</strong> e método científico, para a sua teoria daverda<strong>de</strong>, tipos <strong>de</strong> inferência e realida<strong>de</strong> são The Fixation of Belief, Lógica <strong>de</strong>1873, e parte da correspondência com Victoria Lady Welby. O melhor métodopara fixar a crença e chegar à opinião final é, sem dúvida, o científico,que opera a partir da inferência válida in the long run. É pois a inferência quealimenta o processo <strong>de</strong> inquiry, e esta é, a vários níveis, triádica. É-o nas trêsclasses principais <strong>de</strong> inferência lógica admitidas: <strong>de</strong>dução, indução e abdução(que correspon<strong>de</strong>m cada qual a uma categoria); mas também nos resultadosque apresentam: a crença, como o hábito, são igualmente triádicos. Resultado<strong>de</strong>ste inquiry que se realiza através <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> contínua inferência?A produção <strong>de</strong> uma realida<strong>de</strong> exterior ao homem, com a qual reage e que lheresiste; mas que, suprema subtileza, se distingue e não se distingue <strong>de</strong>le.Na análise da transformação operada entre pragmatismo e pragmaticismo,bem como das diferenças substantivas que a alimentam, dar-se-á importânciaao realismo escotista <strong>de</strong> Peirce, pois é a partir <strong>de</strong>ste que po<strong>de</strong> ser compreendidaa noção <strong>de</strong> lei da natureza (embodied thirdness) e a própria possibilida<strong>de</strong>da ciência. É também esta questão, que se estrutura, <strong>de</strong> novo, em termosda doutrina das categorias (os nominalistas eli<strong>de</strong>m a terceirida<strong>de</strong>, ao passoque os realistas a tomam em consi<strong>de</strong>ração) que remete para a distinção pragmatismo/pragmaticismo.A primeira versão da teoria peca por nominalismo;e o que fará Peirce, ao reformulá-la em pragmaticismo, é expurgá-la <strong>de</strong>sseaspecto: admitindo a existência <strong>de</strong> would be’s e real vagueness, e que o significado,como a previsão, não se esgotam na mera soma <strong>de</strong> actualida<strong>de</strong>s.Como compaginar o realismo escotista <strong>de</strong> Peirce com o seu professadoi<strong>de</strong>alismo? Contra os que negam que tenha <strong>de</strong> facto sido i<strong>de</strong>alista, procuro<strong>de</strong>monstrar que é possível, <strong>de</strong>ntro do peirceanismo, conciliar as duas posições,precisamente através da construção metafísica <strong>de</strong>sse i<strong>de</strong>alismo objectivo- posição que é perfeitamente compatível com formas <strong>de</strong> realismo escolástico.Mais uma vez a querela po<strong>de</strong> ser lida à luz da doutrina das categorias, o quese fará relacionando-a com o pragmatismo e teorias da realida<strong>de</strong> e da verda<strong>de</strong>.A semiótica peirceana, já aqui foi insinuado, perpassa todos os aspectoswww.labcom.pt✐✐✐✐

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