13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

✐✐✐✐396 Anabela Gradimdo mal; a Lógica em relação às representações da verda<strong>de</strong>, a Ética em relaçãoaos esforços da vonta<strong>de</strong>, e a Estética nos objectos consi<strong>de</strong>rados simplesmentena sua apresentação”. 19Quando <strong>de</strong>liberadamente se adopta um fim para a acção, essa <strong>de</strong>liberaçãosignifica que tal adopção é fruto <strong>de</strong> uma operação racional e autocontrolada,e em tal caso esse fim “tem <strong>de</strong> ser um estado <strong>de</strong> coisas que se recomendarazoavelmente a si próprio e em si próprio, à parte qualquer consi<strong>de</strong>raçãoulterior”; 20 terá pois <strong>de</strong> ser um “i<strong>de</strong>al admirável possuindo o único tipo <strong>de</strong>bem que vale por si in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> quaisquer outras consi<strong>de</strong>rações,i.e., o bem estético”. Eis como “o moralmente bom aparece como uma espécieparticular do esteticamente bom”. 21A lógica torna-se assim um corolário da ética, uma aplicação menos geraldaquela, como esta, por sua vez, o será da Estética. No fundo o papel da lógicaé “criticar argumentos”, julgá-los dizendo se são bons ou maus. 22 Ora oraciocínio enquanto <strong>de</strong>liberado é um tipo <strong>de</strong> autocontrole, e para po<strong>de</strong>r proce<strong>de</strong>ràs suas distinções entre bons e maus argumentos, precisa <strong>de</strong> contrastá-loscom um padrão <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m superior – aquele que <strong>de</strong>termina o que torna umacoisa boa boa, e uma coisa má má.A lógica exige então a aprovação <strong>de</strong>liberada do próprio raciocínio, nissoconsistindo o autocontrole, e essa aprovação só po<strong>de</strong> ser concedida pela comparaçãodo raciocínio com padrões pré-estabelecidos. Uma conduta <strong>de</strong>liberadacomo aquela que é empreendida pela lógica envolve a existência <strong>de</strong> umi<strong>de</strong>al sobre o que é a boa conduta, uma acção, a comparação <strong>de</strong>ssa acção como standard ou i<strong>de</strong>al que se possui, a avaliação <strong>de</strong>ssa acção a partir da comparação,e a tomada <strong>de</strong> uma resolução quanto a condutas futuras. 23 É este19 . Collected Papers, 5.36.20 . Collected Papers, 5.130.21 . Collected Papers, 5.130.22 . Collected Papers, 5.108.23 . Cf. carta a Ladd Franklin incluída na correspondência: “ The power of self-control iscertainly not a power over what one is doing at the very instant the operation of self-control iscommenced. It consists (to mention only the leading constituents) first, in comparing one’s past<strong>de</strong>eds with standards, second, in rational <strong>de</strong>liberation concerning how one will act in the future,in itself a highly complicated operation, third, in the formation of a resolve, fourth, in thecreation, on the basis of the resolve, of a strong <strong>de</strong>termination, or modification of habit. Thisoperation of self-control is a process in which logical sequence is converted into mechanicalsequence or something of the sort. How this happens, we are in my opinion as yet entirely igwww.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!