13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

✐✐✐✐Arquitectónica e Metafísica Evolucionária 245ser a melhor forma <strong>de</strong> harmonizar uma epistemologia das ciências físicas. “Ostrabalhos <strong>de</strong> Duns Escoto influenciaram-me fortemente. Se a sua lógica e metafísica,não caninamente adoradas, mas <strong>de</strong>spidas do seu medievalismo, foremadaptadas à cultura mo<strong>de</strong>rna, sob saudáveis e contínuas lembranças <strong>de</strong> críticanominalista, estou convencido <strong>de</strong> que irão longe em fornecer uma filosofiaque se harmonize com a ciência física”. 33O account mais completo da recepção peirceana do escotismo é empreendidopor Peirce na Berkeley Review, <strong>de</strong> 1871, e apesar <strong>de</strong> <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>ssa datater revisto, “mais <strong>de</strong> meia dúzia <strong>de</strong> vezes”, a gran<strong>de</strong> maioria das suas opiniõese concepções filosóficas, “nunca consegui pensar diferentemente acerca <strong>de</strong>ssaquestão do nominalismo e realismo”. 34Nesse trabalho, Peirce explica “<strong>de</strong> forma que a ninguém falhe a compreensãoda questão” 35 que o real é aquilo que existe sem ser afectado pelo quepensamos <strong>de</strong>le – realismo epistemológico –, algo que “influencia os nossospensamentos e não é criado por eles”, 36 numa palavra, “tudo o que é pensadoexistir na opinião final é real, e nada mais”, 37 sendo que essa opinião final éin<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do pensamento <strong>de</strong> qualquer homem particular, mas não do pensamentoem geral – e ela é essencialmente do domínio do pensamento. 38 Estateoria da realida<strong>de</strong> é “instantaneamente fatal à i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> uma coisa em si” etambém “extremamente favorável à crença em realida<strong>de</strong>s externas”, além <strong>de</strong>33 . Collected Papers, 1.6.34 . “In a long notice of Fraser’s Berkeley, in the North American Review for October 1871,I <strong>de</strong>clared for realism. I have since very carefully and thoroughly revised my philosophicalopinions more than half a dozen times, and have modified them more or less on most topics;but I have never been able to think differently on that question of nominalism and realism”,Collected Papers, 1.20. Ainda sobre a importância actual da questão e a sua relação com asteorias filosóficas coetâneas: “The mediaeval metaphysic is so entirely forgotten, and has soclose a historic connection with mo<strong>de</strong>rn english philosophy (. . . ) that we may be pardoneda few pages on the celebrated controversy concerning universals”, PEIRCE, <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs,Writings of <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs Peirce: A Chronological Edition, vol. 2, ed. FISCH, Max, et al.,Bloomington, Indiana University Press, p. 464.35 . I<strong>de</strong>m, p. 467.36 . I<strong>de</strong>m, p. 468.37 . I<strong>de</strong>m, p. 469.38 . “This final opinion, then, is in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt, not in<strong>de</strong>ed of thought in general, but of all thatis arbitrary and individual in thought; is quite in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt of how you, or I, or any number ofmen think. Everything, therefore, which will be thought to exist in the final opinion is real, andnothing else”, i<strong>de</strong>m, p. 469.www.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!