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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐204 Anabela GradimPrimeirida<strong>de</strong> representando-se a si própria para si própria como representação.Trata-se <strong>de</strong> um facto on<strong>de</strong> não existe secundida<strong>de</strong>, apenas qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sentimento, que é externamente envolvido por um tipo <strong>de</strong> terceirida<strong>de</strong> ou representação.Tal seria, por exemplo, o caso <strong>de</strong> uma autoconsciência pura. 124Para ilustrá-la, Peirce recorre ao exemplo do “super-mapa”.Imagine-se pousado sobre o chão <strong>de</strong> um país um mapa que representa todosos seus pontos na perfeição, apenas a uma escala mais pequena. Essemapa <strong>de</strong>verá necessariamente conter uma representação <strong>de</strong> si próprio, ummapa do mapa, que conterá, por sua vez, nova representação, e assim ad infinitum.Haverá um ponto contido em todos os mapas, e este será o mapa <strong>de</strong>si próprio. Cada mapa estará mapeado como mapa no seguinte, isto é, cadaum é interpretado como tal no seguinte. Ora “o ponto que está em todos osmapas é em si a representação <strong>de</strong> nada mais que ele próprio. É portanto oanálogo preciso da pura autoconsciência” 125 , e <strong>de</strong> Terceirida<strong>de</strong> na sua formamais <strong>de</strong>generada: externa e ocorrendo entre primeiros.Terceirida<strong>de</strong> divi<strong>de</strong>-se assim numa tricotomia: relativamente genuína, emque os elementos do facto são Terceiros; Terceirida<strong>de</strong> reaccional ou do primeirograu <strong>de</strong> <strong>de</strong>generação, on<strong>de</strong> os elementos do facto são Segundos e aTerceirida<strong>de</strong> é externamente compelida sobre eles; e Terceirida<strong>de</strong> qualitativaou do último grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>generação, que também é compelida ou aposta doexterior sobre factos que são Qualida<strong>de</strong>s ou Primeirida<strong>de</strong>s.Estes são, diz Peirce, casos limite. Em geral as categorias dificilmentepo<strong>de</strong>m ser encontradas <strong>de</strong> forma pura ou separada; elas amalgamam-se no fenómenoe têm <strong>de</strong> ser abstraídas - recor<strong>de</strong>-se que o simples facto <strong>de</strong> as conhecermosjá envolve representação e Terceirida<strong>de</strong>, o que diz o suficiente sobre ograu <strong>de</strong> pureza <strong>de</strong> tais formas. 126 “Não apenas a terceirida<strong>de</strong> supõe e envolveas i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> Secundida<strong>de</strong> e Primeirida<strong>de</strong>, mas nunca será possível encontrar124 . Collected Papers, 5.71.125 . I<strong>de</strong>m.126 . Cf. FREEMAN, Eugene, The Categories of <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs Peirce, University of ChicagoLibraries, The Open Court Publishing Company, 1937, Illinois, p. 20. “The conception ofthe absolute first is an ineffable metaphysical abstraction eluding every attempt to grasp it, andso is the conception of the absolute second, for firstness and secondness are never actually cutoff from each other and from thirdness, but interpenetrate each other and involve monadic, dyadicand triadic aspects. But there is no absolute third, not even as a metaphysical abstraction,for the third is essentially relative”.www.labcom.pt✐✐✐✐

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