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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐A Dimensão Comunicacional da Semiótica <strong>de</strong> Peirce 105ser interpretado, pelo que a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> a fenomenologia elaborar proposiçõescom significado parece, à luz <strong>de</strong>sta dificulda<strong>de</strong>, muito remota. Apelacaba por concluir que talvez a fenomenologia não necessite <strong>de</strong> se submeter àlógica semiótica que me<strong>de</strong> o significado das proposições pela sua interpretabilida<strong>de</strong>e verificação possíveis, mas mesmo em tal caso, diz, Peirce encontra-senuma situação muito semelhante à do primeiro Wittgenstein, quando é forçadoaos “pronunciamentos místicos” sobre aquilo que se mostra mas se não po<strong>de</strong>nomear. “A dificulda<strong>de</strong> em que ambos os pensadores se encontram consisteevi<strong>de</strong>ntemente no facto <strong>de</strong> que as próprias condições <strong>de</strong> experiência sensoriale <strong>de</strong> comunicar e chegar a um acordo acerca das coisas do mundo real pormeio da linguagem têm elas mesmas <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>scritas e afirmadas pela filosofia,seja ontologia ou filosofia transcen<strong>de</strong>ntal; para Peirce estas condições sãoas três categorias da lógica semiótica, para Wittgenstein as relações “internas”que <strong>de</strong>finem o espaço lógico da linguagem e do mundo”. 64Lawfulness e Evolutionary LoveDesta fase “metafísica” e “cosmológica” <strong>de</strong> Peirce Apel <strong>de</strong>staca o aspecto <strong>de</strong>que a noção <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> e evolutionary love serve fundamentalmente paraexplicar a existência <strong>de</strong> leis no universo, lawfulness, e por que as inferênciashumanas se acomodam <strong>de</strong> forma tão apropriada a essas leis que o governam.Ao nível das produções escritas, este período inicia-se com Guess at theRidlle, 65 o esboço <strong>de</strong> um livro inacabado que Peirce se propusera fazer sobreo assunto, a que se seguem uma série <strong>de</strong> ensaios publicados na década <strong>de</strong>90 em The Monist: The Architecture of Theories; The Doctrine of NecessityExamined; The Law of Mind; Man’s Glassy Essence; e Evolutionary Love,64 . “The difficulty that both thinkers find themselves in consists evi<strong>de</strong>ntly in the fact that thevery conditions for the possibility of sensory experience and of communicating and reachingan un<strong>de</strong>rstanding about things in the real world by means of language must themselves be<strong>de</strong>scribed and stated by philosophy, be it ontology or transcen<strong>de</strong>ntal philosophy; for Peircethese conditions are the three fundamental categories of semiotic logic; for Wittgenstein, theyare the “internal relations” that <strong>de</strong>fine the logical space of language and the world”, in APEL,Karl-Otto, <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs Peirce — from Pragmatism to Pragmaticism, 1995, HumanitiesPress, New Jersey, p. 118.65 . Guess at the Riddle, Writings of <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs Peirce: A Chronological Edition, vol 6,ed. FISCH, Max, et al., Bloomington, Indiana University Press, pp 166-210. A propósito <strong>de</strong>stetexto po<strong>de</strong> consultar-se o excelente trabalho <strong>de</strong> John K. Sheriff, <strong>Charles</strong> Peirce’s Guess at theRiddle — Grounds for Human Significance, 1994, Indiana University Press, Bloomington.www.labcom.pt✐✐✐✐

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