13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

✐✐✐✐A Dimensão Comunicacional da Semiótica <strong>de</strong> Peirce 103sição <strong>de</strong>verá ser capaz <strong>de</strong> capturar a expressão qualitativa do mundo e envolvêlano processo racional <strong>de</strong> interpretação. A função cognitiva da primeirida<strong>de</strong>da terceirida<strong>de</strong>, que é uma espécie <strong>de</strong> iluminação da natureza das coisas, éresponsável pela estrutura intensional dos conceitos e faz a mediação entre alógica da investigação e as características da natureza <strong>de</strong> uma forma quasidivinatória.“Daqui se compreen<strong>de</strong> que Peirce tenha tentado, com a ajuda dafunção icónica, articular a analogia metafísica entre o processo <strong>de</strong> inferênciana natureza e a inferência controlada do processo <strong>de</strong> inquirição. (...) Nestavisão iconicamente acentuada do universo como signo ou argumento que obtémuma representação <strong>de</strong> si próprio através da sua continuação consciente naactivida<strong>de</strong> humana da ciência, o pensamento final <strong>de</strong> Peirce completa o seui<strong>de</strong>alismo semiótico e objectivo”. 61Todo este longo processo reabilita a abdução, a operação lógica que permitea introdução <strong>de</strong> novas i<strong>de</strong>ias. Esta é um tipo <strong>de</strong> inferência que é a própriabase da percepção e que, em tais casos-limite, é inconsciente. A abduçãoconstitui a base <strong>de</strong> toda a intuição científica, expressando as qualida<strong>de</strong>s icónicasda natureza numa hipótese linguística. A abdução é o primeiro passo<strong>de</strong> toda a experiência e inquirição, continuação do processo <strong>de</strong> inferência inconscienteda natureza. É a resposta espontânea e divinatória do homem aoseu ambiente, e nesse sentido equivale ao instinto animal. É claro que o tema<strong>de</strong> um logos criador é recorrente no i<strong>de</strong>alismo alemão pelo menos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> oRenascimento, mas Apel consi<strong>de</strong>ra que Peirce é alheio a tal influência; foiconduzido a esta ontologia semiótica pela sua transformação e revisão críticado significado da filosofia transcen<strong>de</strong>ntal kantiana, operações que se distinguemclaramente do i<strong>de</strong>alismo alemão pois “Peirce não reduz o processo <strong>de</strong>pesquisa empírica ao processo da consciência tal como é construído pela filosofiatranscen<strong>de</strong>ntal. Antes, concebe todos os aspectos não transcen<strong>de</strong>ntais dacognição em termos <strong>de</strong> formação empírica <strong>de</strong> hipóteses”. 6261 . “From here it becomes un<strong>de</strong>rstandable that Peirce tried with the help of the iconic functionto articulate the metaphysical analogy between the inference process in nature and the controlledinference process in inquiry. (...) In this iconically accentuated vision of the universeas a sign or argument which attains a representation of itself through its conscious continuationin the human activity of science, Peirce’s late thought completes his objective, semioticI<strong>de</strong>alism”, in APEL, Karl-Otto, <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs Peirce — from Pragmatism to Pragmaticism,1995, Humanities Press, New Jersey, p. 103.62 . “Peirce does not reduce the process of empirical research to the process of consciousnessas construed by transcen<strong>de</strong>ntal philosophy; rather, he conceives all the nontranscen<strong>de</strong>ntalwww.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!