13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

✐✐✐✐A Dimensão Comunicacional da Semiótica <strong>de</strong> Peirce 85Apel apelidará a esta posição, que é consequência directa da máxima pragmatistapara a clarificação do significado, <strong>de</strong> a “nova teoria da realida<strong>de</strong>” peirceana,chamando a atenção para o facto <strong>de</strong> que a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> real envolvendoa noção <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> opinião final será sempre retomada nos escritossubsequentes, on<strong>de</strong> Peirce se <strong>de</strong>marca tanto do i<strong>de</strong>alismo como do realismometafísico dogmático. É este ponto <strong>de</strong> vista, que é inteiramente novo na históriada filosofia, que Apel enten<strong>de</strong> por “Realismo Crítico do Significado”.Uma nova teoria do conhecimento: falibilismo e <strong>de</strong>dução transcen<strong>de</strong>ntalCom a sua transformação semiótica da lógica do conhecimento kantiana, Peircepropõe uma nova teoria do conhecimento que, na opinião <strong>de</strong> Apel, po<strong>de</strong> servir<strong>de</strong> alternativa à Crítica da Razão Pura.Em Kant a valida<strong>de</strong> objectiva da ciência repousa sobre a existência dadistinção entre fenómeno e númeno, com a concomitante pressuposição daexistência <strong>de</strong> coisas incognoscíveis. Quando as condições <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong> daexperiência, que pertencem ao sujeito, são também as condições <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>dos objectos da experiência, esses objectos passam a situar-se para lá darealida<strong>de</strong> cognoscível, salvaguardando-se a objectivida<strong>de</strong> da sua manifestaçãofenoménica. Kant logra assim, com a introdução da noção <strong>de</strong> “condições <strong>de</strong>possibilida<strong>de</strong>”, explicar o conhecimento sintético, e portanto a valida<strong>de</strong> da ciência,mas isso custar-lhe-á a metafísica dogmática <strong>de</strong> que Peirce o acusa, poisse suce<strong>de</strong> que os objectos da experiência estão em conformida<strong>de</strong> com a coisaem si, isso é apenas um aci<strong>de</strong>nte; não po<strong>de</strong> ser cientificamente <strong>de</strong>monstrado,mas apenas dogmaticamente aceite.A única alternativa a esta fundação da valida<strong>de</strong> da ciência na distinçãofenómeno/númeno, isto é, explicar os juízos sintéticos a priori – a forma daknowledge. And so those two series of cognition - the real and the unreal - consist of thosewhich, at a time sufficiently future, the community will always continue to re-affirm; and ofthose which, un<strong>de</strong>r the same conditions, will ever after be <strong>de</strong>nied. Now, a proposition whosefalsity can never be discovered, and the error of which therefore is absolutely incognizable,contains, upon our principle, absolutely no error. Consequently, that which is thought in thesecognitions is the real, as it really is. There is nothing, then, to prevent our knowing outwardthings as they really are, and it is most likely that we do thus know them in numberless cases,although we can never be absolutely certain of doing so in any special case”, Collected Papers,5.311.www.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!