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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐Arquitectónica e Metafísica Evolucionária 191<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> qualquer lei, embora possa conformar-se a uma lei. Isto é, éuma reacção enquanto elemento do fenómeno”. 49Segundo ou secundida<strong>de</strong>, prossegue Peirce, é “o modo <strong>de</strong> ser daquilo queé tal como é, com respeito a um segundo, mas in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> qualquerterceiro”. 50 Trata-se “da experiência <strong>de</strong> esforço, prescindida da i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> umpropósito ou fim”. 51 Esse esforço só po<strong>de</strong> ser compreendido mediante umaresistência que se lhe opõe, sem intervenção <strong>de</strong> qualquer terceiro elemento.Segundo é a consciência da experiência <strong>de</strong> um ego e um não-ego, <strong>de</strong> acçãoou força <strong>de</strong> um elemento exercida sobre outro, que lhe resiste. Peirce diz queessa acção é uma “força bruta” por lhe ser alheia qualquer noção <strong>de</strong> lei ouracionalida<strong>de</strong>.Como exemplo <strong>de</strong> secundida<strong>de</strong> Peirce dá o do viajante num balão que, ànoite, paira imóvel sobre a terra, gozando um sentimento <strong>de</strong> absoluta calma equietu<strong>de</strong>. Subitamente, o estridor <strong>de</strong> um assobio rasga a noite. Tanto a préviasensação <strong>de</strong> calma, como o assobio, são primeirida<strong>de</strong>s, porque absolutamentesimples; mas o quebrar do silêncio pelo apito é já uma experiência que envolveSecundida<strong>de</strong> e implica dois estados (ego/não-ego), o da prévia calma e absolutapaz, e o que se lhe segue, que <strong>de</strong>strói o sentimento anterior: produz-senesta ocorrência uma pura relação diádica não envolvendo nenhum terceiro. 52Um Segundo é a reacção cega e bruta que ocorre entre dois primeiros,sem qualquer mediação ou representação, <strong>de</strong> forma que “seria exactamenteo mesmo se nada mais existisse, ou tivesse alguma vez existido, ou pu<strong>de</strong>sseexistir”. 53 A Secundida<strong>de</strong> num sujeito é “secundária” em relação à sua primeirida<strong>de</strong>,aci<strong>de</strong>ntal a esse sujeito e, não sendo mediada, “não é <strong>de</strong> natureza49 . Collected Papers, 5.66.50 . PEIRCE, <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs, Semiotics and Significs — The Correspon<strong>de</strong>nce Between<strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs Peirce and Victoria Lady Welby, ed. HARDWICK, <strong>Charles</strong> S., Indiana UniversityPress, 1977, Bloomington, Indiana, p. 24.51 . PEIRCE, <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs, Semiotics and Significs — The Correspon<strong>de</strong>nce Between<strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs Peirce and Victoria Lady Welby, ed. HARDWICK, <strong>Charles</strong> S., Indiana UniversityPress, 1977, Bloomington, Indiana, p. 25.52 . PEIRCE, <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs, Semiotics and Significs — The Correspon<strong>de</strong>nce Between<strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs Peirce and Victoria Lady Welby, ed. HARDWICK, <strong>Charles</strong> S., Indiana UniversityPress, 1977, Bloomington, Indiana, p. 26.53 . PEIRCE, <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs, Reasoning and the Logic of Things, ed. KETNER, KennethLaine, Harvard University Press, 1992, Cambridge, Massachusetts, p. 147.www.labcom.pt✐✐✐✐

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