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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐314 Anabela Gradimfielmente à tricotomização que é usada como método, tem <strong>de</strong> funcionar <strong>de</strong>modo triádico, estabelecendo, quando em exercício, relações triádicas entreas realida<strong>de</strong>s que põe em contacto através <strong>de</strong>le próprio.O funcionamento triádico do signo peirceanoEm carta a Lady Welby, 140 Peirce explica que “um signo é algo que me<strong>de</strong>iaentre um signo interpretante e o seu objecto”, algo que, sendo um Terceiro,“traz um Primeiro à relação com um Segundo”, e que esta relação triádica queo signo materializa constitui a mais genuína forma <strong>de</strong> terceirida<strong>de</strong>. 141 Definepois signo 142 como “algo que ao ser conhecido por nós, faz com que conheçamosalgo mais”, 143 ou seja, “um objecto que está em relação com o seuobjecto por um lado, e com um interpretante por outro, <strong>de</strong> tal modo que põe ointerpretante em relação com o objecto, correspon<strong>de</strong>ndo à sua própria relaçãocom o objecto”. 144 Trata-se então <strong>de</strong> “algo que é <strong>de</strong> tal modo <strong>de</strong>terminado poralguma outra coisa, o seu objecto, e assim <strong>de</strong>termina um efeito sobre uma pes-The Arguments of the Philosophers, 1992, Routledge, London, p. 126. Sobre a <strong>de</strong>rivação apriori das classes <strong>de</strong> signos, cf. Collected Papers, 2.227, 2.233 e 8.342 e ss.140 . Segundo o editor <strong>de</strong>sta correspondência, <strong>Charles</strong> Hardwick, esta constitui a melhor introduçãoà semiótica <strong>de</strong> Peirce. “The letters were written at a time when Peirce was doing some ofhis most intensive work on the theory of signs and constitutes an excellent introduction to thisaspect of Peirce’s philosophy. In these letters Peirce presents some of his more complex i<strong>de</strong>asin an informal and relaxed manner strikingly different from the style of his published works”,PEIRCE, <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs, Semiotics and Significs — The Correspon<strong>de</strong>nce Between <strong>Charles</strong>San<strong>de</strong>rs Peirce and Victoria Lady Welby, ed. HARDWICK, <strong>Charles</strong> S., Indiana UniversityPress, 1977, Bloomington, Indiana, p. IX.141 . PEIRCE, <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs, Semiotics and Significs — The Correspon<strong>de</strong>nce Between<strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs Peirce and Victoria Lady Welby, ed. HARDWICK, <strong>Charles</strong> S., Indiana UniversityPress, 1977, Bloomington, Indiana, p. 31.142 . O tema das <strong>de</strong>finições peirceanas <strong>de</strong> signo po<strong>de</strong>ria ser prosseguido quase in<strong>de</strong>finidamente.Veja-se o “76 <strong>de</strong>finitions of the sign by <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs Peirce”, <strong>de</strong> Robert Marty,www. members.door.net/arisbe/menu/library/ rsources/76<strong>de</strong>fs/76<strong>de</strong>fs.htm. A aqui pretendoater-me a algumas das mais significativas apenas como meio <strong>de</strong> explicitar a sua irredutíveltriadicida<strong>de</strong>.143 . Note-se o sabor agostiniano a stat pro <strong>de</strong>ste passo, que reproduzo pelas dificulda<strong>de</strong>s apresentadaspela sua tradução: “... a sign is something by knowing which we know somethingmore”, PEIRCE, <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs, Semiotics and Significs — The Correspon<strong>de</strong>nce Between<strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs Peirce and Victoria Lady Welby, ed. HARDWICK, <strong>Charles</strong> S., Indiana UniversityPress, 1977, Bloomington, Indiana, p. 32.144 . I<strong>de</strong>m, p. 32.www.labcom.pt✐✐✐✐

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