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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐A Dimensão Comunicacional da Semiótica <strong>de</strong> Peirce 113<strong>de</strong>sta natureza qualitativa dos factos, no sentido <strong>de</strong> primeirida<strong>de</strong>, mas tambémuma percepção do geral no particular (primeirida<strong>de</strong> da terceirida<strong>de</strong>). O problemaé i<strong>de</strong>ntificado por Peirce com o da experienciabilida<strong>de</strong> do continuum.Sem tal experiência não po<strong>de</strong>ríamos sequer verificar “uma <strong>de</strong>terminada or<strong>de</strong>mou sequência entre estados”.Peirce termina estas suas lectures com esta ligação entre o pragmatismo ea teoria realista dos universais, por trás da qual fica a sua doutrina fenomenológicadas categorias e a sua matemática e metafísica do contínuo. Com isto,tal como pretendia ab initio, lançou os fundamentos para o confronto críticocom as versões suas contemporâneas do pragmatismo.Apel analisa ainda os dois ensaios sobre o pragmatismo publicados emThe Monist <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 1905, on<strong>de</strong> Peirce formula então, nomeando-o, o seupragmaticismo. Muito diferentes das lectures, estes ensaios apresentam umcunho mais popular e estão claramente direccionados para o confronto críticoentre a posição <strong>de</strong> Peirce e as outras formas contemporâneas <strong>de</strong> Pragmatismo,diz.What Pragmatism Is, 81 o primeiro <strong>de</strong>sses trabalhos, ocupa-se com umaresenha dos dois textos fundadores do pragmatismo, The Fixation of Beliefe How to Make our I<strong>de</strong>as Clear; e em <strong>de</strong>finir o que Peirce consi<strong>de</strong>ra ser o“espírito <strong>de</strong> laboratório”, que é o que caracteriza a sua própria posição comopragmaticismo, 82 como doravante prefere passar a chamar-lhe, <strong>de</strong>marcando-odas concepções mais latas <strong>de</strong> pragmatismo humanista e psicologizante que se<strong>de</strong>vem a James e a Schiller.O ponto mais importante do trabalho, consi<strong>de</strong>ra Apel, é a tentativa <strong>de</strong>ligar a crítica do significado à dimensão <strong>de</strong> racionalização ética. É que umadas consequências <strong>de</strong> o interpretante final ser i<strong>de</strong>ntificado com o hábito é quea clarificação do significado, a aplicação da máxima pragmática, permite aprogressiva racionalização da conduta e do universo, pelo que o seu aporteético não po<strong>de</strong> ser ignorado.No segundo ensaio da série, Issues of Pragmaticism, 83 Peirce, diz Apel,81 . Collected Papers, 5.411 a 5.437.82 . “So then, the writer, finding his bantling “pragmatism” so promoted, feels that it is timeto kiss his child good-by and relinquish it to its higher <strong>de</strong>stiny; while to save the precise purposeof expressing the original <strong>de</strong>finition, he begs to announce the birth of the word “pragmaticism”,which is ugly enough to be safe from kidnappers”, Collected Papers, 5.414.83 . Collected Papers, 5.438 a 5.463.www.labcom.pt✐✐✐✐

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