13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

✐✐✐✐186 Anabela Gradimlutos” e livres <strong>de</strong> relação com qualquer outra coisa, não agem uns sobre osoutros, e nesse sentido só po<strong>de</strong>m ser possibilida<strong>de</strong>, ainda que <strong>de</strong>les só tenhamosconhecimento <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> actualizados num qualquer suporte. 15Qualquer actualização, e por maioria <strong>de</strong> razão a submissão a uma lei, exigerelação e quebra <strong>de</strong>ssa inamovível indivisibilida<strong>de</strong> do que é puramente qualitativoe <strong>de</strong>spido mesmo do substrato que é o seu suporte. A Primeirida<strong>de</strong>,sendo aquilo que é irrespectivamente do que quer que seja, “<strong>de</strong> forma que nãofaria qualquer diferença se nada mais existisse, ou tivesse existido, ou pu<strong>de</strong>sseexistir”, 16 é apreendida como modo <strong>de</strong> sentimento ou da sensibilida<strong>de</strong> e “sempartes”, pois se as tivesse já se referiria a outro objecto que não ele próprio,introduzindo a categoria <strong>de</strong> relação. Em si tais qualida<strong>de</strong>s, que são interminavelmentevariadas, são absolutamente simples, sendo a complexida<strong>de</strong> ou falta<strong>de</strong>la referenciada neste esquema a partir do exterior, por aquele que observa. 17Primeiro é também predominante nas i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> “frescura”, “vida”, “liberda<strong>de</strong>”e “originalida<strong>de</strong>”. 18 Livre por não ser <strong>de</strong>terminado por nenhum outro,como não po<strong>de</strong> sê-lo aquilo que não tem relação com nada mais. “A liberda<strong>de</strong>apenas se po<strong>de</strong> manifestar na multiplicida<strong>de</strong> e varieda<strong>de</strong> ilimitada e incontrolada;e assim o Primeiro torna-se predominante nas i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> emultiplicida<strong>de</strong> sem medida (...) O primeiro é predominante no sentimento,enquanto distinto da percepção objectiva, vonta<strong>de</strong> e pensamento”. 19A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> mónada ou Primeirida<strong>de</strong> é uma “isticida<strong>de</strong> sui generis” 20 quenão é nem a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> um objecto – Secundida<strong>de</strong> que se opõe a um ego – nemqualida<strong>de</strong> puramente abstracta – <strong>de</strong>ve possuir alguma <strong>de</strong>terminação, isto é,ser qualida<strong>de</strong> especial e não abstracta – sem todavia ser pensada em termos<strong>de</strong> mais ou menos, o que já envolveria comparação, e como tal Secondness. 21Em termos metafísicos a mónada é a qualida<strong>de</strong> pura, sem partes e “<strong>de</strong>sencar-15 . “We naturally attribute firstness to outward objects, that is, we suppose they have capacitiesin themselves which may or may not be already actualized, which may or may not everbe actualized, although we can know nothing of such possibilities [except] so far as they areactualized”, Collected Papers, 1.25.16 . PEIRCE, <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs, Reasoning and the Logic of Things, ed. KETNER, KennethLaine, Harvard University Press, 1992, Cambridge, Massachusetts, p. 147.17 . I<strong>de</strong>m.18 . Collected Papers, 1.302.19 . I<strong>de</strong>m.20 . “...it is a suchness sui generis...”, Collected Papers, 1.303.21 . I<strong>de</strong>m.www.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!