13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

✐✐✐✐A Dimensão Comunicacional da Semiótica <strong>de</strong> Peirce 135dos os participantes na solução <strong>de</strong> todos os problemas susceptíveis <strong>de</strong> seremresolvidos no discurso; a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> direitos <strong>de</strong> todos os elementos; e a possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> se atingir um consenso universal relativamente às soluções dosproblemas. Estas três pressuposições, diz Apel, são necessárias, no sentido<strong>de</strong> que não po<strong>de</strong>m ser postas em causa sem que se entre em contradição performativa.Tais pressuposições implicam um princípio ético fundamental, “ai<strong>de</strong>ia regulativa da susceptibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> consenso <strong>de</strong> todas as normas válidaspara todos os afectados por ela, e que há-<strong>de</strong> ser aceite por todos os indivíduoscomo obrigatória, ainda que no discurso real se realize apenas na medida dopossível”. 364.6 Os ramos fundacional-i<strong>de</strong>al e histórico-teleológicoda Ética do DiscursoFoi já <strong>de</strong>pois das primeiras fundamentações da Ética do Discurso, e do surgimento<strong>de</strong> algumas críticas e objecções que lhe foram feitas, que Apel começaa distinguir mais concretamente nesta entre uma parte abstracta, A, <strong>de</strong> fundamentação,e uma parte histórica, ou B, <strong>de</strong>ssa fundamentação. A historicida<strong>de</strong>e a auto-responsabilida<strong>de</strong> manifestam-se quando a fundamentação concreta<strong>de</strong> normas é <strong>de</strong>legada naqueles que são afectados por elas, “a fim <strong>de</strong> garantirum máximo <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação situacional”. 37A consequência disto é que as normas situacionais concretas po<strong>de</strong>m nãosó incorporar o saber e o conhecimento <strong>de</strong> peritos quanto às suas possíveisconsequências, como se transformam em “resultados visíveis <strong>de</strong> um procedimentofundamentalmente falível”. 38 Neste quadro, mantém a sua valida<strong>de</strong>incondicional o princípio <strong>de</strong> procedimento, mas não a <strong>de</strong>dução <strong>de</strong> normas situacionaisconcretas, que já pertence à parte B, histórica, da Ética da Discussão,e que é contingente e falível.Importante é notar que ao assinalar as diferenças entre o neo-aristotelismo,que acredita na <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s regionais e particulares que se submetamà tradição própria da sua forma <strong>de</strong> vida, Apel reclama que essa diferençaresi<strong>de</strong> no facto <strong>de</strong> a Ética da Discussão não abdicar <strong>de</strong> princípios <strong>de</strong> valida<strong>de</strong>36 . I<strong>de</strong>m, p. 21.37 . I<strong>de</strong>m, p. 2338 . Ibi<strong>de</strong>m.www.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!