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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐Arquitectónica e Metafísica Evolucionária 247singular tal como existe nas coisas, torna-se universal quando é objecto darelação <strong>de</strong> razão que a relaciona à mente. “Embora este seja o esboço maisligeiro possível do realismo <strong>de</strong> Escoto, contudo é suficiente para mostrar otom geral do seu pensamento e quão subtil e difícil a sua doutrina é. Que umae mesma natureza esteja no grau <strong>de</strong> singularida<strong>de</strong> na existência, e no grau <strong>de</strong>universalida<strong>de</strong> na mente, <strong>de</strong>u origem a uma extensa doutrina sobre os váriostipos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e diferença...”. 45Para Peirce os universais são entes rationis, signos, “meras” palavras econsequentemente do domínio da representação, mas são ainda assim reais, ecorrespon<strong>de</strong>m a instâncias reais existentes nas coisas, ainda que nelas, à maneiraescotista, não sejam universais mas “contraídas” numa haeccida<strong>de</strong> própriaque as individualiza. Resta agora explicitar, embora já se tenha referido,porque insiste Peirce nesta ontologia escotista e a consi<strong>de</strong>ra tão fundamental.9.3 Realismo e terceirida<strong>de</strong>Recapitulemos. A reactualização do problema dos universais, que Peirce dizser tão necessária, tem um objectivo muito preciso, que é colocar como temamaior da polémica reales/nominales a questão da terceirida<strong>de</strong>, ou seja, <strong>de</strong>cidirse “as leis e tipos gerais são ficções da mente ou são reais” 46 ou, o que virá adar no mesmo, “se as leis e tipos são objectivos ou subjectivos”. 47A questão dos universais e do realismo escolástico é importante paraPeirce porque este a i<strong>de</strong>ntifica com a problemática da possibilida<strong>de</strong> da ciência,isto é, saber se “todas as proprieda<strong>de</strong>s, leis da natureza e predicados <strong>de</strong>mais do que um sujeito existente são, sem excepção, meras ficções ou não”. 48O tema é também formulado por Peirce em termos da sua categoriologia, eassim, o nominalista é apresentado como alguém que só conhece o ser da realida<strong>de</strong>individual, para quem só existem primeirida<strong>de</strong>s que reagem com oselementos do mundo apenas na base da força bruta, ou secundida<strong>de</strong>. Pelocontrário o realista reconhece, além <strong>de</strong>stes, um terceiro modo <strong>de</strong> existência, o45 . I<strong>de</strong>m, p. 473.46 . Collected Papers, 1.16.47 . I<strong>de</strong>m.48 Collected Papers, 1.27.www.labcom.pt✐✐✐✐

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