13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

✐✐✐✐308 Anabela Gradimse que a máxima pragmatista serve essencialmente à clarificação do significado,e como tal, sendo todo o pensamento realizado por meio <strong>de</strong> signos, 116tem <strong>de</strong> implicar necessariamente um <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> signos. Esta i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> signo/pensamentoé interpretada por Peirce <strong>de</strong> forma inteiramente realista. EmA Survey of Pragmaticism, 117 um texto <strong>de</strong> 1906, a ligação da semiótica aopragmatismo é tornada explícita.Nesse trabalho o pragmatismo é apresentado como um método <strong>de</strong> atingiro significado <strong>de</strong> “conceitos intelectuais”, ou i<strong>de</strong>ias gerais, 118 isto é, o pragmatismoafirma que “a totalida<strong>de</strong> do significado da predicação <strong>de</strong> um conceitointelectual está contido numa afirmação <strong>de</strong> que, sob todas as circunstânciasconcebíveis <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado tipo (...) o sujeito da predicação comportarse-ia<strong>de</strong> um certo modo geral, isto é, seria verda<strong>de</strong>iro sob circunstâncias experienciaisdadas”. 119 Ora enquanto realista Peirce tem <strong>de</strong> admitir que todos osUniversais são termos, e consequentemente da natureza do signo. 120 Sendo ointerpretante <strong>de</strong> um signo “o resultado” que este produz, ou “tudo o que estáexplícito no próprio signo, aparte o seu contexto e circunstâncias <strong>de</strong> enunciação”,121 não tem necessariamente <strong>de</strong> ser “mental”, isto é, o efeito produzidona mente daquele que percepciona o signo, mas po<strong>de</strong> também ser um tipo <strong>de</strong>acção, como quando na recruta o instrutor or<strong>de</strong>na “ombro, arma”. O interpretante<strong>de</strong>sse signo, diz Peirce, é a acção que este, <strong>de</strong> forma triádica, <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ia,e o facto <strong>de</strong> todos os recrutas levarem a respectiva arma ao ombro –não se trata pois necessariamente <strong>de</strong> um interpretante mental, também po<strong>de</strong>116 . “The next moment of the argument for pragmaticism is the view that every thought isa sign (...) but it is a great mistake to suppose that this doctrine is peculiarly nominalistic”,Collected Papers, 5.470.117 . Collected Papers, 5.464.118 . “ Intellectual concepts, however - the only sign-bur<strong>de</strong>ns that are properly <strong>de</strong>nominated"concepts- essentially carry some implication concerning the general behaviour either of someconscious being or of some inanimate object, and so convey more, not merely than any feeling,but more, too, than any existential fact, namely, the "would-acts,would-dos"of habitualbehaviour; and no agglomeration of actual happenings can ever completely fill up the meaningof a "would-be."But [Pragmatism asserts], that the total meaning of the predication of an intellectualconcept is contained in an affirmation that, un<strong>de</strong>r all conceivable circumstances of agiven kind (. . . ) the subject of the predication would behave in a certain general way - that is,it would be true un<strong>de</strong>r given experiential circumstances (. . . )”, Collected Papers, 5.467.119 . Collected Papers, 5.467.120 . Collected Papers, 5.470.121 . Collected Papers, 5.473.www.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!