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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐Arquitectónica e Metafísica Evolucionária 355zado e parcialmente morto”. 36 O tiquismo é o ponto <strong>de</strong> partida para permitira consi<strong>de</strong>ração “livre” e “in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte” do sinequismo, mostrando o que é eque consequências acarreta. 37O problema <strong>de</strong> The Law of Mind é mostrar que os fenómenos mentais sãocontínuos e ten<strong>de</strong>m à generalização, isto é, trata-se <strong>de</strong> um <strong>de</strong>senvolvimento“da filosofia sinequista enquanto aplicada ao espírito”. 38 Se esses fenómenosnão fossem contínuos, seria impossível explicar como os homens têm memória,i.e., como po<strong>de</strong>m as i<strong>de</strong>ias passadas estar presentes numa consciência. 39A conclusão <strong>de</strong> Peirce é que o presente se liga ao passado “por uma série <strong>de</strong>passos infinitesimais” 40 pois as i<strong>de</strong>ias só po<strong>de</strong>m ser presentes à consciência seaí se encontrarem ipso facto. A consciência é algo que existe no tempo, peloque as i<strong>de</strong>ias passadas permanecem na mente através <strong>de</strong> intervalos <strong>de</strong> tempoinfinitesimais, 41 ou seja, são contínuas: tudo o que está presente à consciêncianum <strong>de</strong>terminado momento está-o directamente, e “a partir <strong>de</strong>stas percepçõesimediatas, ganhamos uma percepção mediata, ou inferencial, da relação <strong>de</strong> todosesses instantes” 42 <strong>de</strong> forma que o último momento da série contém todosos momentos anteriores, que se encontram presentes à consciência objectivamente.4336 . Collected Papers, 6.102.37 . Collected Papers, 6.103.38 . Collected Papers, 6.163.39 . Collected Papers, 6.107.40 . Collected Papers, 6.109.41 . Infinitesimais são objectos matemáticos que representam o infinitamente pequeno.Repare-se como é paradoxal, e difícil <strong>de</strong> conceber, o objecto infinitamente pequeno, por serconstruído a partir dos conceitos antagónicos <strong>de</strong> limite e ausência <strong>de</strong>le. Peirce chega a dizerdos infinitesimais que “most of the mathematicians who during the last two generationshave trated the differential calculus have been of the opinion that an infinitesimal quantity isan absurdity; although, with their habitual caution, they have often ad<strong>de</strong>d “or, at any rate, theconception of an infinitesimal is so difficult, that we practically cannot reason about it withconfi<strong>de</strong>nce and security””, Collected Papers, 6.112. Porém é a estes que recorre para elaborara sua noção <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong>, que é explicada por Peirce primeiro em termos matemáticos(analisa a continuida<strong>de</strong> da linha), e <strong>de</strong>pois generalizada e aplicada ao tempo e ao espírito. Oespaço, como o tempo, divi<strong>de</strong>m-se em pontos ou instantes infinitesimais, e o ponto ou instanteinfinitesimal contíguo tem o seu início a meio do infinitesimal anterior. Daí obtêm a suaperfeita continuida<strong>de</strong>.42 . Collected Papers, 6.112.43 . “Now, let there be an in<strong>de</strong>finite succession of these inferential acts of comparative perception,and it is plain that the last moment will contain objectively the whole series. Let therewww.labcom.pt✐✐✐✐

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