13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

✐✐✐✐134 Anabela Gradimnormativas <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um discurso argumentativo i<strong>de</strong>al”. Ora, aopressupor as condições <strong>de</strong> um discurso i<strong>de</strong>al, está-se a reconhecer implicitamenteo princípio <strong>de</strong> uma ética do discurso. Deve além disso esta ética suporque todos os participantes na discussão se encontram <strong>de</strong> absoluta boa-fé: interessadosna resolução das questões sobre a valida<strong>de</strong>, e convencidos a nãoinstrumentalizar a discussão para servir objectivos particulares. 34Estas são as suposições necessárias ao colocar “honestamente” a questãoda fundamentação racional da ética. Apel afasta a hipótese exemplar <strong>de</strong> umsabotador irracional como não pertinente, pois esta figura já se encontra forada esfera do discurso argumentativo, e consequentemente não po<strong>de</strong> participarna discussão, nem na problemática da argumentação. Deste ponto <strong>de</strong> vista, opuramente fundacional da ética do discurso, é pertinente aquele que introduza figura do sabotador – porque argumenta e participa na discussão sobre osfundamentos – mas não o próprio sabotador, que está fora <strong>de</strong>la. 35Todos aqueles que participam numa discussão <strong>de</strong>vem reconhecer a suapertença a uma comunida<strong>de</strong> argumentativa real e a uma comunida<strong>de</strong> argumentativai<strong>de</strong>al. Fazendo-o, têm também <strong>de</strong> supor os resultados da hermenêuticaacerca da pré-compreensão linguística do mundo, e sobre a possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> acordo com os outros. Para além disso, todo o participante <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong>argumentativa i<strong>de</strong>al necessita <strong>de</strong> supor condições <strong>de</strong> comunicaçãoi<strong>de</strong>ais e universalmente válidas, nomeadamente a co-responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> to-34 . “Debe suponerse que en un discurso filosófico todos los participantes conparten siempre,en princípio, con todos los <strong>de</strong>más, todos los problemas pensables – y, también, el <strong>de</strong> si existe unprincipio obligatorio <strong>de</strong> la moral – encontrándose interesados, a priori, en alcanzar solucionespara todos aquellos problemas que sean susceptibles <strong>de</strong> consenso con relación a todos losmiembros <strong>de</strong> una comunidad argumentativa ilimitada e i<strong>de</strong>al”, in APEL, Karl-Otto, La ética<strong>de</strong>l discurso como ética <strong>de</strong> la responsabilidad : una transformación posmetafísica <strong>de</strong> la ética<strong>de</strong> Kant, 1992, Siglo Veintiuno Editores, México, p. 18.35 . “Estos ejemplos “discursivos” [o chantagista, o terrorista, o racista] son <strong>de</strong> importanciafundamental para la problematica <strong>de</strong> la aplicación <strong>de</strong> la ética <strong>de</strong>l discurso. No obstante, parala situación <strong>de</strong> fundamentación, entendida <strong>de</strong> manera pragmático-transcen<strong>de</strong>ntal <strong>de</strong> la ética <strong>de</strong>ldiscurso – la “original situation”, por así <strong>de</strong>cirlo -, estos ejemplos carecen <strong>de</strong> toda significación(la ética <strong>de</strong>l discurso misma antece<strong>de</strong> a toda diferenciación <strong>de</strong>l discurso argumentativo en discurso“teórico” y discurso “práctico” que requiera a su vez <strong>de</strong> una fundamentación discursiva).(...) En todos estes casos, el participante en el discurso, figurado y supuestamente posible no esun coparticipante importante para alguien que se ocupa <strong>de</strong> la ética <strong>de</strong>l discurso. Quíen si resultaimportante es el que introduce como ejemplos, en un discurso argumentativo y supuestamenteno restringido, sin reservas, a los co-participantes fictivos...”, i<strong>de</strong>m, p.19.www.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!