13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

✐✐✐✐294 Anabela Gradimo projecto leibniziano e as <strong>de</strong>scobertas <strong>de</strong> Lambert, 79 sendo que este caracterizao signo como princípio do conhecimento, necessário não apenas para acomunicação entre os homens, mas também para o próprio pensamento, queespecialmente nos assuntos mais abstractos a ele <strong>de</strong>ve recorrer. 80Figura central da semiótica iluminista é Étienne <strong>de</strong> Condillac (1715-1780),que se interessou profundamente pela origem da linguagem, atribuindo-lheuma base orgânica e biológica que radica na própria organização animal; 81sobre o papel dos signos na vida mental; e sobre a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma línguabem construída que, à semelhança da álgebra, permitisse evitar os erros<strong>de</strong> pensamento e análise (Condillac i<strong>de</strong>ntifica análise e linguagem acreditandoque a linguagem comum oferece o melhor método <strong>de</strong> análise). 82Distingue Condillac três tipos <strong>de</strong> signos: aci<strong>de</strong>ntais, isto é, objectos quecircunstâncias aleatórias ligaram às i<strong>de</strong>ias do homem, passando a servir comosignos daquelas; naturais, caso das expressões onomatopaicas <strong>de</strong> alegria oudor; e <strong>de</strong> instituição, ou convencionais, signos escolhidos pelo homem quetêm uma ligação arbitrária às i<strong>de</strong>ias que representam. 83 O signo convencional,que permite evocar a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> coisas não presentes, é responsável pelaexistência <strong>de</strong> memória no homem; este utiliza-os na activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pensar, esem eles seria “como os animais” pois se nos fosse dado ver um homem quenão fizesse uso <strong>de</strong> qualquer tipo <strong>de</strong> signo “vous aurez en lui un imbécile”. 84Mas “assim que um homem começa a associar as i<strong>de</strong>ias a signos que ele próesprimernele concessioni con altri”, LAMBERT, Semeiotica e Fenomenologia, ed. CIFFAR-DONE, Raffaele, Piccola Biblioteca Filosofica Laterzza, Editori Laterzza, 1973, Roma, Bari,p. XXXI.79 . “Lambert ripren<strong>de</strong> cosí il pensiero leibniziano <strong>de</strong>lla caratteristica e <strong>de</strong>lla combinatoria”,i<strong>de</strong>m, p. XXI.80 . DASCAL, Marcelo & DUTZ, Klaus, “The Beginnings of Scientific Semiotics”, Semiotics,A Hand-Book on the Sign-Theoretic Foundations of Nature and Culture, vol. 1, 1997, Walter<strong>de</strong> Gruyter, New York.81 . CONDILLAC, Étienne, L’origine du langage, ed. Aliénor Bertrand, 2002, Presses Universitaires<strong>de</strong> France, Paris.82 . SOARES GOMES, Francisco, “Condillac”, in Logos, vol. I, Enciclopédia Luso-Brasileita<strong>de</strong> Filosofia, Editorial Verbo, Lisboa, p. 1098.83 . CONDILLAC, Étienne, Essai sur l’origine <strong>de</strong>s connaissances humaines, 1924, Les Classiques<strong>de</strong> la Philosophie, Librairie Armand Colin, Paris, pp. 32-33.84 . “Or un homme qui n’a que <strong>de</strong>s signes acci<strong>de</strong>ntels et <strong>de</strong>s signes naturels n’en a point quisoient à ses ordres. Ses besoins ne peuvent donc occasioner que l’exercice <strong>de</strong> son imagination.Ainsi il doit être sans mémoire. De lá on peut conclure que les bêtes n’ont point <strong>de</strong> mémoire,www.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!