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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐Arquitectónica e Metafísica Evolucionária 289quatro questões, a aclarar o estatuto das apercepções e conceitos. E o primeiroproblema que o ocupa é saber se as apercepções <strong>de</strong> uma coisa presente(intuitiva) e ausente (abstractiva) são distintas. A apercepção intuitiva exige apresença real e física da coisa apercebida, não apenas a intencional, <strong>de</strong>vendo oseu objecto encontrar-se extra vi<strong>de</strong>ntem. Assim, a forma mais comum e a<strong>de</strong>quada<strong>de</strong> distinguir entre a apercepção intuitiva e abstractiva é, precisamente,a que consi<strong>de</strong>ra o termo da cognição como ausente ou presente.A questão seguinte trata <strong>de</strong> apurar se po<strong>de</strong> existir nos sentidos externosum conhecimento intuitivo <strong>de</strong> coisas fisicamente ausentes, ou seja, se po<strong>de</strong>ocorrer aí uma apercepção abstractiva. A resposta à questão é negativa: aapercepção intuitiva exige não só a presença objectiva (enquanto conhecida)do objecto, mas também a sua presença física. Por razões semelhantes, tambémnos sentidos externos é impossível encontrar apercepções <strong>de</strong> coisas fisicamenteausentes.Saber se os conceitos reflexivos (aqueles pelos quais o homem conheceque conhece — o seu objecto é o próprio acto cognitivo da potência) e osconceitos directos (aqueles pelos quais se conhece algum objecto, sem reflectirsobre o próprio acto <strong>de</strong> conhecer), se distinguem realmente e, caso aresposta seja afirmativa, qual é a causa da diferença entre eles, é o problemaque a seguir ocupa João <strong>de</strong> São Tomás. Sobre isto o dominicano <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ráque as potências intelectivas, mas não as sensitivas, po<strong>de</strong>m reflectir sobre elaspróprias, pois como o intelecto diz respeito universalmente a todos os seres,também dirá, forçosamente, respeito a si próprio.A distinção entre conceito ultimado e não ultimado po<strong>de</strong> ser encarada <strong>de</strong>dois pontos <strong>de</strong> vista. Em geral, diz-se ultimado um conceito que seja termo,isto é, aquilo no qual cessa a cognição, on<strong>de</strong> esta subsiste e se mantém, enão ultimado o conceito através do qual a cognição ten<strong>de</strong> para um termo;adoptando uma perspectiva diversa — a dos dialécticos — e <strong>de</strong>signando exactamenteo mesmo objecto, chama-se conceito ultimado àquele que versa sobreas coisas significadas (que são termo) e não ultimado ao que se <strong>de</strong>bruça sobreas próprias expressões ou palavras significantes.De resto a diferença entre ultimado e não ultimado é meramente formal,já que não nos encontramos perante uma distinção essencial entre os dois conceitos,mas uma diferença a que João <strong>de</strong> São Tomás chama "pressupositiva",uma vez que se toma não da própria natureza dos conceitos, mas dos objecwww.labcom.pt✐✐✐✐

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