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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐262 Anabela Gradimsentar, 104 “envolve o estabelecimento da verda<strong>de</strong> do sinequismo”. 105 A suarazão <strong>de</strong> ser é expor como palavreado sem sentido a maioria das proposiçõesmetafísico-ontológicas da filosofia tradicional, 106 mas fá-lo projectando-se nofuturo. Desta forma, já em 1904 po<strong>de</strong> Peirce dizer que “uma atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> espíritoprática ocupa-se primariamente com o futuro vivo (living future) e ignorao passado morto, ou mesmo o presente, excepto enquanto este possa indicar oque será esse futuro. Assim, o pragmaticista é obrigado a sustentar que o quequer que tenha significado, significa que algo vai acontecer (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que preenchidascertas condições), e a sustentar que só o futuro tem primariamenterealida<strong>de</strong>”. 107O significado <strong>de</strong> um conceito não está na experiência concreta que <strong>de</strong>le<strong>de</strong>corre, mas no que suce<strong>de</strong>rá no futuro, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que certas condições sejampreenchidas 108 – e esta capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prever o que suce<strong>de</strong>rá está ancoradana força viva e actuante da terceirida<strong>de</strong> no mundo. 109 Se o significado seresumisse simplesmente à acção, à maneira jamesiana, seria a morte do pragmatismo,porque a direcção imprimida aos eventos pela terceirida<strong>de</strong> final queorienta tal acção seria excluída, 110 e consequentemente, seria o fim da própriapossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma concepção ter um significado racional.Finalmente, o pragmatismo fica in<strong>de</strong>levelmente imbricado à teoria da realida<strong>de</strong>que Peirce sempre <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u (real é aquilo em que a opinião final finalmenteresultaria) quando as leis são tomadas como operando à maneira <strong>de</strong>uma causa final, e não <strong>de</strong> uma causa eficiente. A opinião final que acabará104 . Cf. “The proof of Pragmatism”, in FISCH, Max, Peirce, Semeiotic and Pragmatism,1986, Indiana University Press, Bloomington.105 . Collected Papers, 5.415106 . Collected Papers, 5.423.107 . Collected Papers, 8.194.108 . Collected Papers, 5.425.109 . “And do not overlook the fact that the pragmaticism maxim says nothing of single experimentsor of single experimental phenomena (for what is conditionally true in futuro canhardly be singular) but only speaks of general kinds of experimental phenomena. Its adherentdoes not shrink from speaking of general objects as real, since whatever is true represents areal. Now, the laws of nature are true”, consequentemente, “The rational meaning of everyproposition lies in the future”, Collected Papers, 5.425-5.426.110 . “. . . if pragmaticism really ma<strong>de</strong> Doing to be the Be-all and the End-all of life, that wouldbe its <strong>de</strong>ath. For to say that we live for the mere sake of action, regardless of the thought itcarries out, would be to say that there is no such thing as a rational purport”, Collected Papers,5.429.www.labcom.pt✐✐✐✐

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