13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

✐✐✐✐228 Anabela Gradimsi inclui a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o não ser, e Peirce tem o cuidado <strong>de</strong> o fazer notar(essa confissão da própria falibilida<strong>de</strong>) cada vez que aborda o tema da verda<strong>de</strong>.61 “Talvez já tenhamos atingido o conhecimento perfeito acerca <strong>de</strong> umcerto número <strong>de</strong> questões, mas não po<strong>de</strong>mos ter uma opinião inabalável <strong>de</strong> queatingimos tal conhecimento perfeito sobre qualquer questão dada. Isso serianão só conhecer perfeitamente, mas conhecer perfeitamente que conhecemosperfeitamente, que é o que é chamado conhecimento (...) esse conhecimentocerto é impossível”. 628.3 Categorias, inferência lógica e produção do realA secundida<strong>de</strong> manifesta-se, neste quadro, porque o objecto da opinião verda<strong>de</strong>iraé o real, e este é exterior à mente, é o que causa em nós a sensaçãoe a experiência, e o que põe em marcha o processo <strong>de</strong> inquiry, que <strong>de</strong>poisalimenta pelo confronto das hipóteses com o real. É neste sentido epistemológicoque Peirce afirma ser um realista: que o real existe e não é uma ficçãohumana. Quando se afirma algo do real, essa proposição é verda<strong>de</strong>ira, nãopor causa do enunciador, mas sê-lo-á in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do que qualquer homempossa pensar <strong>de</strong>la. “Aquilo que é tal, que algo verda<strong>de</strong>iro acerca <strong>de</strong>le, éverda<strong>de</strong>iro in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do pensamento <strong>de</strong> qualquer mente ou mentes<strong>de</strong>finidas, ou é pelo menos verda<strong>de</strong>iro in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do que qualquer61 . Cf. SKAGESTAD, Peter, The Road of Inquiry — <strong>Charles</strong> Peirce’s Pragmatic Realism,1981, Columbia University Press, New York, p. 75 e ss. É uma posição muito semelhante àassumida por Demetra Sfendoni-Mentzou, in “Peirce and I<strong>de</strong>alism: a Response to Savan”, inKETNER, Kenneth Laine, Peirce and Contemporary Thought, Philosophical Inquiries, AmericanPhilosophy Series, 1995, Fordham University Press, New York, pp. 328-337: “(. . . ) inPeirce’s thought there exist two conceptions of truth, a ‘short run’ and a ‘long run’ truth. Thefirst is connected with true propositions, ‘established truths’ refering to individual particularinstances, and belonging to the category of secondness. Accordingly, whenever Peirce referredto single truths or agreement concerning only one question, this should be taken as an instanceof a ‘short run’ truth. But Peirce was concerned mainly with the ‘long run’ truth connected withthe notions of final opinion, i<strong>de</strong>al limit, and belonging to the category of thirdness. This lattertype of truth, in my opinion, is for Peirce not only a hope, but a certainty which is expressed inseveral places”, p. 331.62 . Collected Papers, 4.62. Vd. igualmente 6.660.www.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!