13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

✐✐✐✐Arquitectónica e Metafísica Evolucionária 229pessoa ou qualquer grupo individual <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong>finido pensa acerca <strong>de</strong>ssaverda<strong>de</strong>, isso é real”. 63A realida<strong>de</strong> externa que “correspon<strong>de</strong> aos nossos sentidos e sensações” 64é in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do pensamento <strong>de</strong> qualquer homem particular – mas não dopensamento em geral. 65 Com isto Peirce salva a objectivida<strong>de</strong> da “opiniãofinal” da comunida<strong>de</strong>, que faz coincidir com o real – tornando a verda<strong>de</strong>, eo real, coinci<strong>de</strong>ntes com o objecto <strong>de</strong>ssa final opinion. Repare-se que, se aopinião final <strong>de</strong>vesse dar-se numa comunida<strong>de</strong> finita, ou não fosse in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntedo pensamento <strong>de</strong> um homem ou comunida<strong>de</strong> particular, a teoria darealida<strong>de</strong> peirceana resvalaria para o i<strong>de</strong>alismo e o nominalismo que Peircesempre rejeitou com veemência. 66 É por isso que “o objecto da opinião final,que vimos ser in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte daquilo que qualquer pessoa particular pensa,po<strong>de</strong> muito bem ser externo à mente. E não há nenhuma objecção a dizer que63 . PEIRCE, <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs, Semiotics and Significs — The Correspon<strong>de</strong>nce Between<strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs Peirce and Victoria Lady Welby, ed. HARDWICK, <strong>Charles</strong> S., Indiana UniversityPress, 1977, Bloomington, Indiana, p. 117.64 . Collected Papers, 7.337.65 . “There are Real things, whose characters are entirely in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt of our opinions aboutthem; those Reals affect our senses according to regular laws, and, though our sensations are asdifferent as are our relations to the objects, yet, by taking advantage of the laws of perception,we can ascertain by reasoning how things really and truly are; and any man, if he have sufficientexperience and he reason enough about it, will be led to the one True conclusion. The newconception here involved is that of Reality. It may be asked how I know that there are anyReals. If this hypothesis is the sole support of my method of inquiry, my method of inquirymust not be used to support my hypothesis. The reply is this: 1. If investigation cannot beregar<strong>de</strong>d as proving that there are Real things, it at least does not lead to a contrary conclusion;but the method and the conception on which it is based remain ever in harmony”, CollectedPapers, 5.384.66 . “A opinião final estabelecida não é qualquer cognição particular, em tal ou tal mente,e em tal ou tal tempo, embora uma opinião particular possa por acaso coincidir com ela. Seuma opinião coinci<strong>de</strong> com a opinião final, tal suce<strong>de</strong> porque a corrente geral <strong>de</strong> investigaçãonão a afectará. O objecto <strong>de</strong>ssa opinião individual é o que quer que seja que é pensado nessaaltura. Mas se alguma outra coisa que não essa coisa é pensada, o objecto <strong>de</strong>ssa opiniãomuda e <strong>de</strong>ixa, consequentemente, <strong>de</strong> coincidir com o objecto da opinião final, que não muda.A perversida<strong>de</strong> ou ignorância da humanida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> fazer com que esta ou aquela coisa sejatomada por verda<strong>de</strong>ira, por um qualquer número <strong>de</strong> gerações, mas não po<strong>de</strong> afectar o que seriao resultado <strong>de</strong> experiência e raciocínio suficientes. E isto é o que queremos dizer com opiniãofinal estabelecida. Isso não é uma opinião particular, mas é inteiramente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do queeu ou você, ou qualquer número <strong>de</strong> homens, possam pensar acerca <strong>de</strong>la, e consequentementesatisfaz directamente a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> realida<strong>de</strong>”, Collected Papers, 7.336, em nota <strong>de</strong> rodapé.www.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!