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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐Arquitectónica e Metafísica Evolucionária 335mento nos processos mecânicos, ou seja, afastado porque a física newtoniananão tem meios para explicar as proprieda<strong>de</strong>s do sentimento nem as experiênciassensoriais; e finalmente o i<strong>de</strong>alismo, que consi<strong>de</strong>ra “as leis físicas como<strong>de</strong>rivadas e especiais, e apenas a lei psíquica como primordial”. 13 Esta será adoutrina favorecida por Peirce, pois é a única que permite dar conta <strong>de</strong> todosos fenómenos.Consequentemente, o universo é sempre, na totalida<strong>de</strong>, alguma forma <strong>de</strong>espírito, vivo, actuante, não constrangido pelo hábito no caso do homem; <strong>de</strong>caído,enfraquecido, sem potencial criador e rigorosamente sujeito a rígidoshábitos no caso da matéria. Assim, “o que chamamos matéria não está completamentemorto, mas é apenas espírito ligado por hábitos. Ainda retém o elemento<strong>de</strong> diversificação, e nessa diversificação há vida”. 14 Da mesma forma,“os eventos físicos não são mais que formas <strong>de</strong> eventos psíquicos <strong>de</strong>gradadasou sub<strong>de</strong>senvolvidas”. 15Seria um erro conceber os aspectos psíquicos e físicos da matéria comoabsolutamente distintos, diz Peirce, porque “todo o espírito está directa ouindirectamente ligado com toda a matéria, e age <strong>de</strong> forma mais ou menos regular;<strong>de</strong> forma que todo o espírito partilha mais ou menos da natureza damatéria”. 16 Toda a realida<strong>de</strong>, em maior ou menor grau, é da natureza do espírito,<strong>de</strong> modo que a forma que as coisas assumem para o homem é, muitasvezes, não mais que uma questão <strong>de</strong> perspectiva. Uma coisa vista “<strong>de</strong> fora”,consi<strong>de</strong>rada nas suas acções e reacções com os outros existentes, no seu aspecto<strong>de</strong> secundida<strong>de</strong>, é matéria; mas vista “do interior”, no seu carácter “sentiente”,então é consciência. 17 É óbvio que o exemplo mais claro disso mesmoé o homem. Todavia o i<strong>de</strong>alismo peirceano não <strong>de</strong>veria ser entendido comoantropomórfico, e o princípio aplicar-se-ia igualmente bem a qualquer outroexistente.Peirce também afirma, a dado passo, estar próximo do i<strong>de</strong>alismo objectivo<strong>de</strong> tipo hegeliano, quando diz que a sua doutrina “po<strong>de</strong>ria muito bem ser tomadacomo uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> hegelianismo”; 18 ou como quando se classifica13 . Collected Papers, 6.24.14 . Collected Papers, 6.158.15 . Collected Papers, 6.264.16 . Collected Papers, 6.268.17 . Collected Papers, 6.268.18 . Collected Papers, 5.38.www.labcom.pt✐✐✐✐

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