13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

✐✐✐✐242 Anabela Gradimmas ens rationis; e um segundo uso em que universal funciona como fundamento<strong>de</strong> universalida<strong>de</strong> – unum in multis – ou natureza comum, que expressauma comunida<strong>de</strong> real e que pertence às coisas. 25 Esta natureza comum éuma unida<strong>de</strong> real, mas não “numérica”, porque não se acrescenta como maisuma realida<strong>de</strong> ao número <strong>de</strong> indivíduos que compõem o género, e é simultaneamente“o fundamento da realida<strong>de</strong> dos indivíduos e da universalida<strong>de</strong> doconceito”. 26 Ou, como dirá Escoto, citado e traduzido por Gilson, “...<strong>de</strong> soi,la nature n’est pas une d’une unité numérique; ni plusieurs d’une pluralitéopposé à cette unité; ni universelle en acte, à la maniére dont quelque choseest rendu universel; ni, <strong>de</strong> soi, particuliére; car bien qu’elle n’existe jamaisréelement sans l’une ou l’autre <strong>de</strong> ces choses, elle n’est d’elle-même aucuned’entre elles, mais est naturellement antérieure à toutes (...)”. 27Com este enquadramento teórico, a solução <strong>de</strong> Escoto para o problemados universais e da individuação será a seguinte: a natureza comum possuitrês modos <strong>de</strong> existência. No primeiro modo <strong>de</strong> existência a natureza comum(natureza humana, por exemplo) não é universal nem particular, mas indiferentea cada um <strong>de</strong>les; no segundo modo <strong>de</strong> existência essa natureza é tornadaparticular, através <strong>de</strong> uma operação a que Escoto chama “contracção” e quea faz existir num sujeito individual (em Sócrates, por exemplo); por fim, noterceiro modo, a sua existência no intelecto é universal, porque aí, enquantoens rationis, é predicável <strong>de</strong> muitos. Assim, a natureza comum que não é, porsi, nem universal nem particular, recebe na mente a universalida<strong>de</strong>, ou seja,a proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r ser predicada <strong>de</strong> muitos; ao mesmo tempo que, noindivíduo, é real, embora individual ou “individuada”. 28 No sujeito, através25 . BOLER, John F., <strong>Charles</strong> Peirce and Scholastic Realism, University of WashingtonPress, 1963, Seattle, p. 45.26 . ABBAGNANO, Nicola, História da Filosofia, vol V, 1985, Editorial Presença, Lisboa, p.112.27 . GILSON, Étienne, Jean Duns Scott – Introduction à ses positions fondamentales, 1952,Librairie Philosophique Jean Vrin, Paris, p. 450.28 . “Duns Scot estime au contraire qu’entre l’unité réele du singulier, qui est l’unité numérique,et le pur universel, il y a place pour une unité moindre que l’unité numérique et quiserait pourtant réelle. S’il en est ainsi. . . le fait qu’un être matériel ne soit pas un universel,n’implique plus ipso facto qu’il soit un singulier. Un tel être peut, sans être universel ni singulier,se trouver dans un état intermediaire, oú un principe d’individuation soit requis pour lesingulariser”, GILSON, Étienne, Jean Duns Scott – Introduction à ses positions fondamentales,1952, Librairie Philosophique Jean Vrin, Paris, p. 446.www.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!