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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐332 Anabela Gradime para quem esse est percipi; 4 e o objectivo, hegeliano e do tipo que é perfilhadopor Peirce: não nega a existência do mundo material, e é perfeitamentecompatível com o realismo escolástico.Peirce tem sido alternadamente encarado como i<strong>de</strong>alista 5 ou realista, 6 ehá, na sua obra, passagens que permitem sustentar cada uma <strong>de</strong>stas versões.O i<strong>de</strong>alismo que lhe é por vezes atribuído escora-se, por exemplo, em momentoscomo aquele on<strong>de</strong> afirma que a matéria é effete mind; 7 ou quando, o quesuce<strong>de</strong> por várias vezes, apelida a sua posição <strong>de</strong> i<strong>de</strong>alismo objectivo. Mastambém não se po<strong>de</strong> esquecer, como aliás vimos <strong>de</strong> examinar, que perfilhaferreamente uma espécie <strong>de</strong> realismo. Ora estas expressões costumam ser tomadascomo mutuamente exclusivas, sendo que ambos, i<strong>de</strong>alismo e realismo,se opõem, por sua vez, ao nominalismo. 84 . BRITO, António José <strong>de</strong>, “I<strong>de</strong>alismo em Portugal”, in Logos, vol 2, sd, ed. Verbo, p.1270.5 . Parece-me ser a leitura <strong>de</strong> Esposito em Evolutionary Metaphysics — The Developmentof Peirce’s Theory of Categories, Ohio University Press, sd, Ohio, quando refere, entre muitosoutros passos, que “Although Kant would give him [Peirce] the greatest practical guidance inhis early career, it would be with Hegel that he would ultimately reconcile himself in later life”,p. 3; ou “And it may be safe to say that by 1863 Peirce already had settled on the rudiments ofhis lifelong philosophic perspective – objective i<strong>de</strong>alism”, p. 82; e também <strong>de</strong> H. O. Mounce,para quem “the reality which is the source of our being transcends both what we think of asmind and what we think of as matter. But of the two it is “mind” which better expresses thatreality”, e que refere, ao abordar a cosmologia peirceana, que nesta “the fundamental featuresof the universe are here more comparable with the processes of mind than with those normallyassociated with matter, and consequently that there is no absolute gulf between matter andmind. This is the doctrine of Objective I<strong>de</strong>alism, according to which the objective universe maybe seen ultimately as mental in character”, op. cit. p. 64. Também David Savan caracterizao peirceanismo como um i<strong>de</strong>alismo semiótico, constituindo esse o factor distintivo da suadoutrina. David Savan, in “Peirce and I<strong>de</strong>alism”, in Peirce and Contemporary Thought, pp.315-337.6 . Embora com matizes diferentes, casos <strong>de</strong> Carl Hausman, Peter Skagestad, e ChristhoperHookway, entre outros; sendo que esta me parece ser a visão largamente maioritária na Peircescholarship. Nestes dois últimos, porém, afirmando o realismo, não se encontra vincada aoposição que Hausman marca. Skagestad não chega nunca a nomeá-la, e Hookway, no final doseu livro, parece implicitar a perfeita coerência entre estes aspectos do pensamento <strong>de</strong> Peirce.7 . Collected Papers, 6.101; 6.401.8 . Esta constatação levará Hausman, embora não com excessiva convicção, a sugerir quePeirce, não sendo i<strong>de</strong>alista, po<strong>de</strong>ria ter-se aproximado <strong>de</strong>ssa posição, encarando-a <strong>de</strong> formamais sympathetic, pela rejeição do nominalismo protagonizada pelo i<strong>de</strong>alismo, que era umobjectivo que ele próprio partilhava.www.labcom.pt✐✐✐✐

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