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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐Arquitectónica e Metafísica Evolucionária 223Porém, o método científico não se po<strong>de</strong> resumir apenas à observação.Além <strong>de</strong>sta, “é necessário que exista algum processo elaborativo do pensamento,pelo qual as i<strong>de</strong>ias que são dadas pela observação produzam outras namente”. 40 É que a investigação envolve a produção <strong>de</strong> novas crenças a partir<strong>de</strong> “leis lógicas”, isto é, inferências, que constituem o processo lógico. 41Este, o método científico, é o processo que fixa melhor as crenças, por maistempo, <strong>de</strong> acordo com a experiência, que tem capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se auto-regenerar,e que permitirá chegar ao consenso final ou opinião verda<strong>de</strong>ira, e que por issoé superior a todos os outros métodos.8.2 A teoria da verda<strong>de</strong> peirceanaQual é então a concepção <strong>de</strong> verda<strong>de</strong> que serve a esta teoria da inquirição e aoconcomitante falibilismo que Peirce <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>, e que contribuições traz à suateoria da realida<strong>de</strong>? É o que veremos a partir da correspondência trocada entrePeirce e Victoria Lady Welby. Em duas cartas datadas do Inverno <strong>de</strong> 1908,escassos seis anos antes da sua morte, Peirce dá um account da sua teoria dainquirição, relacionando-a com a concepção <strong>de</strong> verda<strong>de</strong> que perfilha. Aí explicaque crença é tomar algo por verda<strong>de</strong>iro – pois não há nenhuma diferençaprática entre os dois 42 – e que, sendo a crença ter algo por verda<strong>de</strong>iro, umaque “não pu<strong>de</strong>sse ser falsa, seria uma crença infalível, e a Infalibilida<strong>de</strong> é umAtributo <strong>de</strong> Deus”. 43 Ora não há doutrina que mais aborreça Peirce do queother facts for study, no natural bent of mind even, can enable a man to escape the pre<strong>de</strong>stinateopinion. This great hope is embodied in the conception of truth and reality”, Collected Papers,5.407.40 . Collected Papers, 7.331.41 . I<strong>de</strong>m.42 . “Por crença quero <strong>de</strong>signar meramente ter como verda<strong>de</strong>iro algo – real, genuino, práticoter como verda<strong>de</strong>iro – quer aquilo que seja acreditado seja a teoria atómica ou o facto <strong>de</strong> quehoje é Segunda, ou o que se quiser. Po<strong>de</strong>r-se-á muito bem dizer que a crença po<strong>de</strong> estar errada.Contudo, o grau mais próximo <strong>de</strong> certeza que po<strong>de</strong>remos ter <strong>de</strong> alguma coisa é, por exemplo,que este papel é branco ou esbranquiçado – ou assim parece”, PEIRCE, <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs, Semioticsand Significs — The Correspon<strong>de</strong>nce Between <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs Peirce and Victoria LadyWelby, ed. HARDWICK, <strong>Charles</strong> S., Indiana University Press, 1977, Bloomington, Indiana, p.72.43 . PEIRCE, <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs, Semiotics and Significs — The Correspon<strong>de</strong>nce Between<strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs Peirce and Victoria Lady Welby, ed. HARDWICK, <strong>Charles</strong> S., Indiana UniversityPress, 1977, Bloomington, Indiana, p. 72.www.labcom.pt✐✐✐✐

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