13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

✐✐✐✐270 Anabela Gradimfunção, 15 a sua concepção <strong>de</strong> signo é diádica e <strong>de</strong>sinteressa-se das questõesque se pren<strong>de</strong>m com o referente.Na verda<strong>de</strong>, à parte o enquadramento epistemológico da linguística na semiologia,Saussure tratará, e com as limitações mencionadas, exclusivamentedo signo linguístico, o que levará Ducrot a dizer <strong>de</strong>le que “o contributo directo<strong>de</strong> Saussure à semiologia não linguística quase se limitou a estas frases [que asemiologia estu<strong>de</strong> a vida dos signos no seio da vida social], mas elas <strong>de</strong>sempenhamum importante papel; ao mesmo tempo, as suas <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> signo, <strong>de</strong>significante, <strong>de</strong> significado, embora formuladas com vista à linguagem verbal,fixaram a atenção <strong>de</strong> todos os semiólogos”. 16Assim, enquanto Saussure apresenta uma concepção dual do signo, se <strong>de</strong>sinteressado referente, ocupando-se do signo enquanto entida<strong>de</strong> psíquica esó tratando do signo linguístico, Peirce tem uma concepção triádica do signo,que integra numa teoria do conhecimento e da percepção, <strong>de</strong>seja fundar um<strong>sistema</strong> omnicompreensivo que não exclua nenhum tipo <strong>de</strong> signo, e tudo isso<strong>de</strong> forma alheia ao psicologismo (on<strong>de</strong> ocorre a introdução do sujeito, na semióticapeirceana, esta surge como uma concessão).Peirce preconizava e tentou fundar uma ciência geral dos signos que pu<strong>de</strong>ssedar conta do mundo da experiência humana e garantir a sua comunicabilida<strong>de</strong>.No final da sua vida <strong>de</strong>dicou-se quase obsessivamente à classificaçãodos signos, que refez e caracterizou em escritos diversos. Tão absorvente setornou a teoria no corpo da obra que Savan crismou-a, não sem razão, <strong>de</strong> i<strong>de</strong>alismosemiótico. Percursores e inovadores como o foram os trabalhos <strong>de</strong>Peirce, ele não está só. A reflexão sobre a linguagem, o signo e significaçãopontua os momentos mais importantes da história do pensamento oci<strong>de</strong>ntal.15 . “. . . a língua, segundo Saussure, é fundamentalmente (não aci<strong>de</strong>ntalmente, ou por <strong>de</strong>cadência)um instrumento <strong>de</strong> comunicação. Nunca se encontra em Saussure a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> quea língua <strong>de</strong>ve representar uma estrutura do pensamento que existiria in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong>qualquer articulação linguística”, Oswald DUCROT e Tzvetan TODOROV, “Saussurianismo”,in Dicionário das Ciências da Linguagem, 1991, D. Quixote, Lisboa.16 . Oswald DUCROT e Tzvetan TODOROV, “Semiótica”, in Dicionário das Ciências daLinguagem, 1991, D. Quixote, Lisboa, p. 113.www.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!