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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐350 Anabela Gradimmelhor expõem e resumem as concepções metafísicas <strong>de</strong> Peirce, e por issoiremos aqui observá-los.A Arquitectónica das Teorias é um texto introdutório sobre as razões para<strong>de</strong>senvolver uma cosmologia e os métodos que para isso <strong>de</strong>vem ser utilizados.Nela Peirce elabora, como teremos oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar <strong>de</strong>poisem mais pormenor, sobre a sua concepção da construção arquitectónica dasteorias, mostrando <strong>de</strong> que forma é a metafísica the keystone of the architecture,e as categorias os materiais <strong>de</strong>ssa construção.Em primeiro lugar, o que uma metafísica cosmológica <strong>de</strong>ve fazer é explicaras regularida<strong>de</strong>s da natureza, e como surgiram e funcionam as leis segundoas quais esta opera. Trata-se <strong>de</strong> procurar uma “história natural das leis da natureza”que, seguindo o princípio <strong>de</strong> economia occamista, mostre ao homem“que tipo <strong>de</strong> leis este <strong>de</strong>ve esperar”, 17 e é a primeiríssima tarefa <strong>de</strong> uma metafísica,pois a existência <strong>de</strong> leis é o primeiro facto do universo que clama poruma explicação. 18Ligada a esta questão está a da cognoscibilida<strong>de</strong> do mundo, ou <strong>de</strong> comoter acesso a tais leis. Peirce maravilhava-se com a capacida<strong>de</strong> do homem paratestar a abdução correcta, assim fazendo progredir o conhecimento a uma velocida<strong>de</strong>muito superior à que o mero guess estatístico <strong>de</strong>ixaria supor – e essefacto, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apreen<strong>de</strong>r as leis e regularida<strong>de</strong>s do universo, necessitaele próprio <strong>de</strong> uma explicação. Sabemos qual ela é: a adaptação da menteao mundo que a ro<strong>de</strong>ia, pelo facto <strong>de</strong> terem sido forjados no mesmo cadinho,obe<strong>de</strong>cendo às mesmas leis físicas, e a negação do dualismo. Ora isto tambémuma metafísica terá <strong>de</strong> conseguir explicar. Peirce faz notar que surpreen<strong>de</strong>riao mo<strong>de</strong>rno físico, por exemplo, a pouca experimentação patente nos trabalhos<strong>de</strong> Galileu que fundam a mecânica. Na verda<strong>de</strong>, bastou-lhe apelar aosenso comum e ao Lumen Naturale, para encontrar a teoria verda<strong>de</strong>ira, queé sempre a mais simples e natural. É esta linha <strong>de</strong> raciocínio que constituiráa base do critical common sensism <strong>de</strong> Peirce 19 – a confiança <strong>de</strong> que crençasrida<strong>de</strong> como um détour, um carrear <strong>de</strong> materiais que servem o fim <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r, mais tar<strong>de</strong>, voltara <strong>de</strong>dicar-se à metafísica apoiado em fundamentos mais sólidos.17 . Collected Papers, 6.12.18 . “To suppose universal laws of nature capable of being aprehen<strong>de</strong>d by the mind and yethaving no reason for their special forms, but standing inexplicable and irrational, is hardly ajustifiable position. Uniformities are precisely the sort of facts that need to be accounted for(. . . ) Law is par excellence the thing that wants a reason”, i<strong>de</strong>m.19 . “For common sense, being conceived as a sort of intermediary between instinct andwww.labcom.pt✐✐✐✐

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