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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐Arquitectónica e Metafísica Evolucionária 207indução e abdução, “cada uma com três proposições e três termos”. Existemtambém três tipos <strong>de</strong> formas lógicas: termo, proposição e inferência. Osigno, <strong>de</strong> que a lógica é o estudo científico, é triádico: algo que representaum segundo a um terceiro, o interpretante. A semiótica, por seu turno, possuitrês ramos: gramática especulativa, lógica e retórica. Três são também asprincipais classes <strong>de</strong> signos: índice, ícone e símbolo. 134A dimensão semiótica está pois profundamente impregnada <strong>de</strong> triadomania.Se o signo é o mais perfeito exemplo <strong>de</strong> terceirida<strong>de</strong> que Peirce dizconceber, nas três principais classes <strong>de</strong> signo – índice, ícone e símbolo – predominacada uma das categorias. No ícone predomina a primeirida<strong>de</strong>, poissignifica em virtu<strong>de</strong> da sua qualida<strong>de</strong>, que é possuir semelhança com o objecto;o índice é o signo que entretém uma relação real com o seu objectoin<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do seu interpretante: é binário e “obsistente”; o símboloé “transuasional” pois a sua significação só po<strong>de</strong> realizar-se com auxílio dointerpretante. 135 Como é puramente convencional, só se realiza por suscitarna mente do intérprete um outro signo – e assim é triádico.Triádicas são também as operações mentais envolvidas no raciocínio: observação,experimentação, e habituação (que é a operação <strong>de</strong> adquirir associaçõese, por fim, habit-taking). 136Em psicologia aparecem três categorias <strong>de</strong> consciência: primeiro, sentimento,a consciência passiva <strong>de</strong> uma qualida<strong>de</strong> sem análise; segundo, a consciência<strong>de</strong> uma interrupção na consciência, sentido <strong>de</strong> resistência, <strong>de</strong> factoexterno, <strong>de</strong> alterida<strong>de</strong>; terceiro a consciência sintética, unindo o tempo, o sentido<strong>de</strong> aprendizagem, pensamento e reflexão. 137 Essa consciência sintética éa consciência <strong>de</strong> um terceiro ou meio, e conduz à formação do hábito.Também na evolução das espécies, e na selecção natural, em sentido darwiniano,a tría<strong>de</strong> se manifesta: primeiro, o princípio <strong>de</strong> variação individual aleatória– que é a manifestação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> sem relação com nenhumas outras;segundo, o princípio <strong>de</strong> hereditarieda<strong>de</strong> ou transmissibilida<strong>de</strong> genética, quese opõe ao princípio <strong>de</strong> “sporting” ou variação ao acaso; e terceiro, o princípio<strong>de</strong> eliminação dos caracteres <strong>de</strong>sfavoráveis ou <strong>de</strong> sobrevivência dos maisfortes, que é um princípio <strong>de</strong> generalização, por expulsar da linha <strong>de</strong> evolu-134 . I<strong>de</strong>m.135 . Collected Papers, 2.92.136 . I<strong>de</strong>m, p.183.137 . Collected Papers, 1.377.www.labcom.pt✐✐✐✐

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