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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐108 Anabela Gradimuma metafísica cosmológica que o afastasse da visão subjectiva e orientadapara a praxis das suas i<strong>de</strong>ias que James agora apresentava ao mundo. Comorejeitava liminarmente esta forma <strong>de</strong> pragmatismo, incluindo a lógica da ciêncianeopositivista, que tudo reduzia às funções sintáctica e semântica daslinguagens formalizadas, Peirce, que nunca excluiu a dimensão pragmáticada lógica da ciência, procura uma alternativa ao pragmatismo subjectivista<strong>de</strong> James, colocando precisamente a ênfase na dimensão pragmática e na intersubjectivida<strong>de</strong>da comunida<strong>de</strong> ilimitada <strong>de</strong> cientistas. Ao contrário <strong>de</strong>staversão, Peirce limita o pragmatismo ao estatuto <strong>de</strong> uma máxima na lógica daciência, 69 que é <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>vidamente enquadrada no conjunto da sua filosofiasistemática, mercê da sua inclusão no contexto das três ciências normativas.Peirce, diz Apel, continua a manter reservas críticas em 1902-03 quantoà sua primeira formulação da máxima pragmática, por duas or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> razões:em primeiro lugar <strong>de</strong>sagrada-lhe vê-la elevada ao estatuto <strong>de</strong> princípio normativometafísico e ético; 70 <strong>de</strong>pois porque se questiona se o significado dasproposições científicas consiste realmente na soma das experiências práticasque estas po<strong>de</strong>m fornecer, pois é muito problemática a aplicação da máxima acertos conceitos matemáticos e à construção <strong>de</strong> teorias. E são precisamente asquestões levantadas em matemática que levam Peirce, na viragem do século, areexaminar a máxima pragmática. 71 Fá-lo nas suas Lectures on Pragmatism, 72<strong>de</strong> 1903, on<strong>de</strong> apresenta as três proposições cotárias, <strong>de</strong>stinadas a “afiar” amáxima pragmatista, 73 e intenta estabelecer uma ligação irrefutável entre estamáxima e a lógica da abdução, ao mesmo tempo que a relaciona com as trêsciências normativas, integrando-a assim no seu <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> filosofia a que cha-69 . “On their si<strong>de</strong>, one of the faults that I think they might find with me is that I make pragmatismto be a mere maxim of logic, instead of a sublime principle of speculative philosophy”,Collected Papers, 5.18.70 . “It will be seen that pragmatism is not a weltanschauung but is a method of reflexionhaving for its purpose to rend i<strong>de</strong>as clear”, Collected Papers, 5.13.71 . “Yet I am free to confess that objections to this way of thinking have forced themselvesupon me and have been found more formidable the further my plummet has been droppedinto the abyss of philosophy, and the closer my questioning at each new attempt to fathom its<strong>de</strong>pths. I propose, then, to submit to your judgment in half a dozen lectures an examination ofthe pros and cons of pragmatism by means of which I hope to show you the result of allowingto both pros and cons their full legitimate values”, In Collected Papers, 5.15.72 . In Collected Papers, <strong>de</strong> 5.1 a 5.212.73 . “I will call them, for the nonce, my cotary propositions. Cos, cotis, is a whetstone. Theyappear to me to put the edge on the maxim of pragmatism”, in Collected Papers, 5.180.www.labcom.pt✐✐✐✐

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