13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

✐✐✐✐Arquitectónica e Metafísica Evolucionária 27110.1 Algumas abordagens pré-peirceanas do tema nooci<strong>de</strong>nteA temática cara à semiótica, na acepção mais vasta que Peirce lhe conce<strong>de</strong>,mesmo que não <strong>sistema</strong>tizada, atravessa transversalmente toda a história dopensamento oci<strong>de</strong>ntal, e po<strong>de</strong> fazer-se remontar ao berço <strong>de</strong>ste na Grécia antiga.A exposição que aqui se apresenta é necessariamente esquemática, eserve sobretudo para situar o labor <strong>de</strong> Peirce no quadro mais vasto dos que seocupam, coerente e consistentemente, com a <strong>de</strong>finição, classificação e papelatribuído ao signo. Porém, e como tem sido notado, o tratamento dado pelosantigos a estes temas é fragmentário; o que encontramos são sobretudo reflexõesesparsas, e não um corpo coerente <strong>de</strong> doutrina inserido numa clara tradiçãocom continuida<strong>de</strong> temporal, que pu<strong>de</strong>sse receber o nome <strong>de</strong> ciência. Mais,muitas vezes estes temas são analisados com respeito a necessida<strong>de</strong>s teóricasque emanam <strong>de</strong> outros interesses (gnosiologia, retórica, teologia), e não comoproblemática autónoma, pelo que o risco <strong>de</strong> anacronismo, perspectivando-osà luz das concepções contemporâneas sobre a disciplina, é gran<strong>de</strong>. 17 Feitasestas ressalvas, eis uma breve panorâmica das concepções <strong>de</strong> signo ao longoda história do pensamento oci<strong>de</strong>ntal.Os AntigosPlatão (428-347) foi provavelmente o primeiro autor a ocupar-se com a reflexãosobre o signo e a significação. O problema da convencionalida<strong>de</strong> dalinguagem é tratado no diálogo Crátilo, que tem por subtítulo Sobre a JustezaNatural dos Nomes. 18 Três personagens, Sócrates, Hermógenes e Crátilo discutemo estatuto e natureza dos nomes, fazendo Sócrates, como habitual, <strong>de</strong>agente provocador. Nesse papel, começa por num primeiro momento <strong>de</strong>sfazera tese da convencionalida<strong>de</strong> dos nomes sustentada por Hermógenes, dando17 . “What it most conspicuosly lacks, in or<strong>de</strong>r to fully <strong>de</strong>serve this title [scientific semiotics]is an autonomous disciplinary i<strong>de</strong>ntity. Signs and sign functioning are studied not for theirown sake, but with respect to the theoretical needs of other disciplines, notably (but not only)grammar, logic, and an incipient epistemology. . . ”, DASCAL, Marcelo & DUTZ, Klaus, “TheBeginnings of Scientific Semiotics”, Semiotics, A Hand-Book on the Sign-Theoretic Foundationsof Nature and Culture, vol. 1, 1997, Walter <strong>de</strong> Gruyter, New York, p. 746-758.18 . Platão, Cratyle, 1998, Flammarion, Paris, p. 65.www.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!