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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐188 Anabela Gradimnem partes. Não po<strong>de</strong> ser articuladamente pensado: afirmem-no e já per<strong>de</strong>ua sua inocência característica, pois afirmação implica sempre negação <strong>de</strong> algumaoutra coisa. Pare-se para pensar nele, e já voou. O que o mundo era paraAdão no dia em que ele abriu os olhos para ele, antes que houvesse traçadoquaisquer distinções, ou tomado consciência da sua própria existência – issoé primeiro, presente, imediato, fresco, novo, iniciativo, original, espontâneo,livre, vívido, consciente e evanescente. Recordo apenas que toda a <strong>de</strong>scrição<strong>de</strong>le lhe <strong>de</strong>ve ser falsa”. 29 Em suma, uma i<strong>de</strong>ia “so ten<strong>de</strong>r that you cannottouch it without spoiling it”. 30As qualida<strong>de</strong>s são vagas, potenciais e “imateriais”, pois não entretendorelações com nenhum outro, não reagem nem resistem – serão o primeiro elementoa ter em conta no fenómeno. 31 Trata-se <strong>de</strong> uma abstracção que é eterna,in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do tempo e da sua realização ou actualização. 32 As qualida<strong>de</strong>ssão em número ilimitado, fun<strong>de</strong>m-se umas nas outras e têm “i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s imperfeitas”.A nossa experiência apresenta-no-las como fragmentárias, masfosse ela outra e provavelmente verificaríamos serem as qualida<strong>de</strong>s contínuas,sem uma perfeita linha <strong>de</strong> <strong>de</strong>marcação entre elas. 33Uma Qualida<strong>de</strong> é uma mera potencialida<strong>de</strong> abstracta que não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nem da razão (ens rationis), nem do facto <strong>de</strong> pertencer a uma coisa material,um dos sentidos, nem do sujeito on<strong>de</strong> se realiza. 34 “A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> uma qualida<strong>de</strong> éa i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> um fenómeno ou fenómeno parcial consi<strong>de</strong>rado como mónada, semreferência às suas partes ou componentes e sem referência a nenhuma outracoisa. Não <strong>de</strong>vemos consi<strong>de</strong>rar se existe ou se é apenas imaginário, porque aexistência <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do facto do seu sujeito possuir um lugar no <strong>sistema</strong> geraldo universo. Um elemento separado <strong>de</strong> todos os <strong>de</strong>mais, e em nenhum outroexcepto ele próprio, po<strong>de</strong> ser dito, se reflectirmos sobre o seu isolamento,ser meramente potencial. Mas nem sequer <strong>de</strong>vemos aten<strong>de</strong>r a uma ausência<strong>de</strong>terminada <strong>de</strong> outras coisas; temos <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar o total como uma unida<strong>de</strong>.29 . Collected Papers, 1.357.30 . Collected Papers, 1.358.31 . Collected Papers, 1.419.32 . Collected Papers, 1.420.33 . Collected Papers, 1.418.34 . Collected Papers, 1.422.www.labcom.pt✐✐✐✐

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