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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐302 Anabela GradimSe esta é uma leitura possível, não me parece que constitua a do próprioPeirce. Com Helmut Pape <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>rei que a Semiótica ocupa um lugar intermédiono interior do <strong>sistema</strong>. 107 Não é nem a disciplina filosófica maisfundamental (papel reservado à fenomenologia), nem fornece a chave para acompreensão total da realida<strong>de</strong> e unificação do <strong>sistema</strong> (papel reservado aorealismo evolucionário), mas “oferece uma forma única <strong>de</strong> explicar as proprieda<strong>de</strong>sgerais e formais das formas <strong>de</strong> expressão e representação, os “universaisconcretos” que dão conta da totalida<strong>de</strong> da nossa confrontação experiencialcom a realida<strong>de</strong>” 108 e nesse sentido vê-se como a influência dos mecanismosque expõe tem po<strong>de</strong>r explicativo para dar conta <strong>de</strong> todos os aspectos da experiênciae do mundo, sem com isso, e diferentemente <strong>de</strong> Savan, ser necessárioatribuir-lhe o papel <strong>de</strong> ciência primeira na organização e <strong>de</strong>senvolvimento do<strong>sistema</strong>.Passe-se então a palavra ao próprio Peirce, para tentar compreen<strong>de</strong>r o lugarda semiótica no concerto das ciências, o que se fará aten<strong>de</strong>ndo ao esquema<strong>de</strong> classificação das ciências que é elaborado por Peirce a partir <strong>de</strong> 1900. Aárvore das ciências, 109 no seu máximo <strong>de</strong>talhe, toma o seguinte aspecto:1. A. Ciências da Descoberta(a) MatemáticaFelicia Kruse, na senda <strong>de</strong> Savan, distingue duas formas <strong>de</strong> i<strong>de</strong>alismo semiótico, uma mild, emque as características <strong>de</strong> algo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> ser termo <strong>de</strong> uma relação sígnica, e uma strong, emque a existência <strong>de</strong> algo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do facto <strong>de</strong> ser termo <strong>de</strong> uma relação sígnica. Savan i<strong>de</strong>ntificao i<strong>de</strong>alismo peirceano com esta versão mild, posição que não é aceite por todos os autores. Cf.KRUSE, Felicia, “Is cosmic evolution semiosis?”, in MOORE, Edward, & ROBIN, Richard(eds.), From Time and Chance to Consciousness — Studies in the Metaphysics of <strong>Charles</strong>San<strong>de</strong>rs Peirce, 1994, Berg, Oxford Provi<strong>de</strong>nce, USA, p. 95.107 . PAPE, Helmut, “Current Trends in Semiotics: Peirce and his Followers”, in Semiotics,A Hand-Book on the Sign-Theoretic Foundations of Nature and Culture, vol. II, 1998, Walter<strong>de</strong> Gruyter, New York, p. 2019.108 . I<strong>de</strong>m, p. 2019.109 . Este tema já foi abordado, num outro contexto, no capítulo 6; aqui utilizarei o completíssimoesquema <strong>de</strong> Carolyn Eisele, que traduzo e cito ipsis verbis, vindo a lume em HistoricalPerspectives on Peirce’s Logic of Science, pp. 822-825; pois se bem que as divisões fundamentaissejam mantidas por Peirce nos vários escritos <strong>de</strong>dicados ao tema, as subdivisões nemsempre são mantidas com o mesmo nível <strong>de</strong> pormenor em todos eles, o que levará a própriaCarolyn Eisele a apresentar o seu esquema como “the lad<strong>de</strong>r of the sciences, as well as I’vebeen able to work it out, is as here exhibited”, i<strong>de</strong>m, p. 822.www.labcom.pt✐✐✐✐

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