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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐Arquitectónica e Metafísica Evolucionária 257algo <strong>de</strong> admirável per se, que é o ponto <strong>de</strong> chegada das ciências normativas,permite unificar e doar sentido a toda a acção e activida<strong>de</strong> humanas, conferindounida<strong>de</strong> teleológica ao todo, e uma finalida<strong>de</strong> transcen<strong>de</strong>nte à ca<strong>de</strong>iaque pensamento e acção humana constituem.Se, como procurarei <strong>de</strong>monstrar, é a unida<strong>de</strong> trazida pela metafísica e pelasua assunção do teleologismo que, no final, darão sentido à arquitectónica do<strong>sistema</strong>, então é enquanto “procurando um fim” que o pragmaticismo conquistaráo seu lugar relativamente aos outros elementos do <strong>sistema</strong>, os quaissó ganham unida<strong>de</strong> e sentido finais precisamente em vista do teleologismo.Numa carta <strong>de</strong> 1900, extremamente afectuosa, <strong>de</strong> Peirce a James, esteexplica, exactamente, que na sua juventu<strong>de</strong> pensara que tudo “<strong>de</strong>ve ser testadopelos seus efeitos práticos”, 77 mas que agora, mais pon<strong>de</strong>radamente, acaboupor compreen<strong>de</strong>r que não po<strong>de</strong> ser assim, o propósito <strong>de</strong> tudo não po<strong>de</strong>resumir-se à acção, à bruta secundida<strong>de</strong>, mas que é antes generalização, acçãoque ten<strong>de</strong> à regularização, à criação <strong>de</strong> hábitos, “à actualização do pensamentoque sem acção permanece impensado”. 789.6 O pragmaticismo das LecturesPo<strong>de</strong>remos então consi<strong>de</strong>rar que o pragmatismo peirceano passa, grosso modo,por duas fases: a primeira, dos anos 70, “crua” e “nominalista”, <strong>de</strong> que Peircese retractará abundantemente. A segunda compreen<strong>de</strong> a transição apontadanas Cambridge Lectures, on<strong>de</strong> a <strong>de</strong>nominação pragmaticismo já é empregue,e a relação da doutrina com o realismo, a categoriologia e as ciências normativas,aí esboçada, se começa a tornar cada vez mais evi<strong>de</strong>nte.Que houve novos <strong>de</strong>senvolvimentos relativamente à unida<strong>de</strong> do pragmatismoé bem patente em carta a James datada <strong>de</strong> 1902, on<strong>de</strong> Peirce reconheceque mesmo nos tempos <strong>de</strong> juventu<strong>de</strong> em Cambridge a sua visão do <strong>sistema</strong>,ainda se não encontra completa, e que para chegar ao fundo da questão neces-77 . “That everything is to be tested by its practical results was the great text of my earlypapers; so, as far as I get your general aim in so much of the book as I have looked at, I amquite with you in the main. In my later papers, I have seen more thoroughly than I used todo that it is not mere action as brute exercise of strength that is the purpose of all, but saygeneralization, such action as tends toward regularization, and the actualization of the thoughtwhich without action remains unthought . . . .”, in Collected Papers, 8.250.78 . I<strong>de</strong>m.www.labcom.pt✐✐✐✐

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