13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

✐✐✐✐Capítulo 1IntroduçãoBreve genealogia <strong>de</strong> um projectoESTE trabalho preten<strong>de</strong> ser uma exposição e <strong>de</strong>fesa do <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> Peirce,entendido aqui como uma explicação sistemática, or<strong>de</strong>nada e coerenteda experiência e do mundo, 1 tirando da sombra e valorizando aquele que temsido o aspecto mais negligenciado da sua filosofia: o sentimentalismo. Peircenão só oferece uma explicação completa da natureza, da ciência, do universoe do mundo, como, muito importante, do lugar do homem nele e da formacomo neste <strong>de</strong>ve orientar as suas acções. Por esta pretensão, que concretiza,ombreia <strong>de</strong> pleno direito na história da Filosofia com Aristóteles, Kant, ouHegel, com os quais, muitas vezes como veremos, entretém diálogo.Procurarei <strong>de</strong>monstrar que Peirce cumpre integralmente, com o seu própriopercurso filosófico, o projecto <strong>de</strong> arquitectónica <strong>de</strong> inspiração kantianaque se propôs. Neste as categorias servem como matéria <strong>de</strong> construção do1 . Note-se que Peirce, especialmente para a primeira geração <strong>de</strong> comentadores, nem sempreé entendido como um filósofo sistemático. Murray Murphey, em 1993, podia dizer do seuclássico The Development of Peirce’s Philosophy: “Peirce was more sucsessful in achievinga coherent system than I thought in 1961”, p. V; e Apel, referindo-se mais tar<strong>de</strong> ao volumeque lhe <strong>de</strong>dicou nos anos 60: “If I were to stand once again before the task of interpretingPeirce’s philosophy, then I would, from the very outset, take his semiotic as the general focalpoint and would incorporate the corresponding parts of his work to a much greater extent thanI did in the present book”, APEL, Karl-Otto, <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs Peirce — from Pragmatism toPragmaticism, 1995, Humanities Press, New Jersey. p. XI.1✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!