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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐Arquitectónica e Metafísica Evolucionária 287um termo, enquanto as outras categorias retiram a sua entitativida<strong>de</strong> e existênciado sujeito. Depois, a relação não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> nem po<strong>de</strong> ser encontradanum sujeito da mesma forma que as outras categorias, mas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> essencialmentedo fundamento que a coor<strong>de</strong>na com um termo e a faz existir "comouma espécie <strong>de</strong> entida<strong>de</strong> terceira". A relação transcen<strong>de</strong>ntal ou secundum dicié portanto uma forma assimilada ao sujeito que o conota com algo extrínseco,ao passo que na ontológica ou segundo o ser, a essência da relação é serrelação.Outra categoria importante é a diferença entre relações reais e <strong>de</strong> razão, e éaqui chegado que João <strong>de</strong> São Tomás lança finalmente luz sobre o mecanismo,a lógica das relações, que lhe vai permitir dar conta <strong>de</strong> todos os tipos <strong>de</strong> signosque já enumerou. A divisão entre relações reais e <strong>de</strong> razão só é encontrada nasrelações segundo o ser, diz. As relações segundo o ser po<strong>de</strong>m então ser reaisou <strong>de</strong> razão, sendo que, no caso <strong>de</strong> uma relação secundum esse real e finitanos encontramos perante uma relação categorial.O signo, como bem se ilaciona da própria <strong>de</strong>finição, pertence à or<strong>de</strong>m dorelativo. Mas não só. Preenche, além disso, todas as condições para ser relativosecundum esse, e é ao inseri-lo nesta categoria <strong>de</strong> seres cuja essência éorientarem-se para um termo, que João <strong>de</strong>scobre uma forma satisfatória <strong>de</strong> explicaro seu estatuto ontológico, sem comprometer as posições gnosiológicase metafísicas que, como bom tomista, perfilha. Se nos relativos secundum essese po<strong>de</strong>m dar tanto relações reais como relações <strong>de</strong> razão, então as relaçõessegundo o ser são a estrutura i<strong>de</strong>al para abranger tanto os signos naturais comoos convencionais. Une-se assim numa mesma categoria as or<strong>de</strong>ns opostas doque é real e do que é <strong>de</strong> razão, que é precisamente a forma como, funcionandona sua vertente significativa e comunicativa, os signos se entrelaçam com omundo.É o facto <strong>de</strong> a or<strong>de</strong>m das relações secundum esse unir em si tanto o queé real como o que é <strong>de</strong> razão, que vai permitir a explicação cabal <strong>de</strong> todosos <strong>sistema</strong>s e tipos <strong>de</strong> signos, porque signos há que constituem com os seusobjectos relações reais, caso dos naturais; e outros relações <strong>de</strong> razão, caso dosconvencionais. Ora todos são relações segundo o ser – isto é, a sua essência éserem para outra coisa.Estabelecido este mecanismo, já se po<strong>de</strong> afirmar que a relação do signonatural ao objecto é necessariamente real, e não <strong>de</strong> razão, porque é fundada emalgo real, proporção e conexão com a coisa representada — assim se explicawww.labcom.pt✐✐✐✐

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