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Fenomenologia da Percepção - Charlezine

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CAPITULO I<br />

O CORPO GOMO OBJETO<br />

E A FISIOLOGIA MECANICISTA<br />

A definição do objeto, nós o vimos, é a de que ele existe<br />

partes extra partes e que, por conseguinte, só admite entre suas<br />

partes ou entre si mesmo e os outros objetos relações exteriores<br />

e mecânicas, seja no sentido estrito de um movimento recebido<br />

e transmitido, seja no sentido amplo de uma relação<br />

de função a variável. Se se quisesse inserir o organismo no universo<br />

dos objetos e encerrar este universo através dele, seria<br />

preciso traduzir o funcionamento do corpo na linguagem do<br />

em si e descobrir, sob o comportamento, a dependência linear<br />

entre o estímulo e o receptor, entre o receptor e o Empfinder 1 .<br />

Sem dúvi<strong>da</strong>, sabia-se que no circuito do comportamento emergem<br />

determinações novas, e a teoria <strong>da</strong> energia específica dos<br />

nervos, por exemplo, concedia ao organismo o poder de transformar<br />

o mundo físico. Mas ela justamente atribuía aos aparelhos<br />

nervosos a potência oculta de criar as diferentes estruturas<br />

de nossa experiência, e, enquanto a visão, o tato, a audição<br />

são tantas maneiras de ter acesso ao objeto, essas estruturas<br />

achavam-se transforma<strong>da</strong>s em quali<strong>da</strong>des compactas e<br />

deriva<strong>da</strong>s <strong>da</strong> distinção local entre os órgãos postos em cena.<br />

Assim, a relação entre o estímulo e a percepção podia ficar<br />

clara e objetiva, o acontecimento psicofísico era do mesmo

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