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Fenomenologia da Percepção - Charlezine

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618 FENOMENOLOGIA DA PERCEPÇÃO<br />

de um retângulo é to<strong>da</strong>via um traço. Mas um traço isolado, enquanto fenômeno<br />

e também enquanto elemento funcional, é outra coisa que o lado de<br />

um retângulo. Para limitarmo-nos a uma proprie<strong>da</strong>de, o lado de um retângulo<br />

tem uma face interior e uma face exterior, e o traço isolado, ao contrário,<br />

tem duas faces absolutamente equivalentes."<br />

30. "Na ver<strong>da</strong>de, a pura impressão é concebi<strong>da</strong> e não senti<strong>da</strong>." Lagneau,<br />

Célebre leçons, p. 119.<br />

31. "Quando adquirimos essa noção, pelo conhecimento científico e<br />

pela reflexão, parece-nos que aquilo que é o efeito último do conhecimento,<br />

a saber, que ele exprime a relação de um ser com os outros, na reali<strong>da</strong>de<br />

é o seu começo; mas isso é uma ilusão. Essa idéia do tempo, pela qual nós<br />

nos representamos a anteriori<strong>da</strong>de <strong>da</strong> sensação em relação ao conhecimento,<br />

é uma construção do espírito." Id. ibid.<br />

32. Husserl, Erfahrung und Urteil, por exemplo, p. 331.<br />

33. "(...) eu observava que os juízos que tinha costume de fazer sobre<br />

esses objetos formavam-se em mim antes que eu tivesse o tempo de pesar<br />

e considerar quaisquer razões que pudessem obrigar-me a fazê-los." VIMeditação,<br />

AT IX, p. 60.<br />

34. " (...) parecia-me que eu tinha aprendido <strong>da</strong> natureza to<strong>da</strong>s as outras<br />

coisas que eu julgava quanto aos objetos de meus sentidos (...)" Ibid.<br />

35. " (...) não me parecendo que o espírito humano seja capaz de<br />

conceber muito distintamente e ao mesmo tempo a distinção entre a alma<br />

e o corpo e sua união, porque para isso é preciso concebê-los como uma só<br />

coisa e conjuntamente concebê-los como duas, o que se contraria." A Elisabeth,<br />

28 de junho de 1643. AT III, pp. 690 s.<br />

36. Ibid.<br />

37. (A facul<strong>da</strong>de de julgar) "deve portanto ela mesma <strong>da</strong>r um conceito,<br />

que na reali<strong>da</strong>de não faz conhecer coisa alguma, e que serve de regra<br />

apenas para ela, mas não de regra objetiva à qual a<strong>da</strong>ptar seu juízo; pois<br />

agora seria preciso uma outra facul<strong>da</strong>de de julgar para poder discernir se<br />

se trata ou não do caso em que a regra se aplica.'' Critique dujugement, Préface,<br />

p. 11.<br />

38. III Meditação, AT IX, p. 28.<br />

39. Da mesma maneira que 2 e 3 fazem 5. Ibid.<br />

40. Segundo sua linha particular, a análise reflexiva não nos faz retornar<br />

à subjetivi<strong>da</strong>de autêntica; ela nos esconde o nó vital <strong>da</strong> consciência perceptiva<br />

porque investiga as condições de possibili<strong>da</strong>de do ser absolutamente<br />

determinado e deixa-se tentar por essa pseudo-evidência <strong>da</strong> teologia de que<br />

o na<strong>da</strong> não é coisa alguma. To<strong>da</strong>via, os filósofos que a praticaram sempre<br />

sentiram que havia algo a procurar abaixo <strong>da</strong> consciência absoluta. Acabamos<br />

de vê-lo no que concerne a Descartes. Poderíamos mostrá-lo também<br />

no que concerne a Lagneau e a Alain.<br />

A análise reflexiva, conduzi<strong>da</strong> ao seu termo, deveria deixar subsistir<br />

do lado do sujeito apenas um naturante universal pelo qual existe o sistema<br />

<strong>da</strong> experiência, compreendido aí meu corpo e meu eu empírico, ligados ao

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