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Fenomenologia da Percepção - Charlezine

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626 FENOMENOLOGIA DA PERCEPÇÃO<br />

34. ''Falta aos <strong>da</strong>dos visuais do doente uma estrutura específica e característica.<br />

As impressões não têm uma configuração firme como aquelas<br />

do normal; não têm, por exemplo, o aspecto característico do 'quadrado',<br />

do 'triângulo', do 'reto' e do 'curvo'. Ele só tem diante de si manchas nas<br />

quais só pode apreender pela visão caracteres muito grosseiros como a altura,<br />

a largura e sua relação" (ibid., p. 77). Um jardineiro que varre a cinqüenta<br />

passos é "ura longo <strong>da</strong>rdo que tem, em cima, algo que vai e vem"<br />

(p. 108). Na rua, o doente distingue os homens dos automóveis porque "os<br />

homens são todos parecidos: delgados e compridos — não podemos nos enganar,<br />

os automóveis são largos e muito mais espessos" (ibid.).<br />

35. Ibid., p. 116.<br />

36. Geíb e Goldstein, Ueber den Einfluss..., pp. 213-222.<br />

37. É nessa direção que Gelb e Goldstein interpretavam o caso de Schn.<br />

nos primeiros trabalhos que consagraram a ele (Zur Psychologie... e Ueber den<br />

Einfluss). Ver-se-á como na seqüência {Ueber die Abhàngigkeit... e sobretudo<br />

Zeigen und Greijen e os trabalhos publicados sob sua orientação por Benary,<br />

Hocheimer e Steinfeld) eles ampliaram seu diagnóstico. O progresso de sua<br />

análise é um exemplo particularmente claro dos progressos <strong>da</strong> psicologia.<br />

38. Zeigen und Greifen, p. 456.<br />

39. Zeigen und Greijen, pp. 458-459.<br />

40. Cf. acima, Introdução, pp. 28-29.<br />

41. Cf. L. Brunschvicg, L'expérience humaine et Ia causalitéphysique, 1?<br />

parte.<br />

42. Gelb e Goldstein, Ueber den Einfluss..., pp. 227-250.<br />

43. Goldstein, Ueber die Abhàngigkeit..., pp. 163 ss.<br />

44. Goldstein, Ueber den Einfluss..., pp. 244 ss.<br />

45. Trata-se aqui do caso S., que o próprio Goldstein coloca em paralelo<br />

com o caso Schn. em seu trabalho Ueber die Abhàngigkeit...<br />

46. Ueber die Abhàngigkeit..., pp. 178-184.<br />

47. Ibid., p. 150.<br />

48. Ueber den Einfluss..., pp. 227 ss.<br />

49. Sobre o condicionamento dos <strong>da</strong>dos sensoriais pela motrici<strong>da</strong>de,<br />

cf. La sirudure du comportement, p. 41, e as experiências que mostram que um<br />

cão amarrado não percebe como um cão com seus movimentos livres. Os<br />

procedimentos <strong>da</strong> psicologia clássica misturam-se curiosamente, em Gelb e<br />

Goldstein, à inspiração concreta <strong>da</strong> Gestaltpsychologie. Eles reconhecem que<br />

o sujeito que percebe reage como um todo, mas a totali<strong>da</strong>de é concebi<strong>da</strong> como<br />

uma mistura e o tocar só recebe de sua coexistência com a visão uma<br />

"nuança qualitativa", quando, segundo o espírito <strong>da</strong> Gestaltpsychologie, dois<br />

domínios sensoriais só podem comunicar-se integrando-se a uma organização<br />

intersensorial como momentos inseparáveis. Ora, se os <strong>da</strong>dos táteis constituem,<br />

com os <strong>da</strong>dos visuais, uma configuração de conjunto, é evidentemente<br />

sob a condição de que eles mesmos realizem, em seu próprio terreno, uma<br />

organização espacial, sem o que a conexão entre o tocar e a visão seria uma<br />

associação exterior e os <strong>da</strong>dos táteis permaneceriam, na configuração total,

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