12.04.2013 Views

Fenomenologia da Percepção - Charlezine

Fenomenologia da Percepção - Charlezine

Fenomenologia da Percepção - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

NOTAS 621<br />

do do logicismo, que aliás ele criticara ao mesmo tempo que o psicologismo,<br />

retoma a noção de "configuração" e até mesmo a de Gestalt (cf. Die Krisis<br />

der europãischen Wissenschaften und die transcendentale Phãnomenologie, I, pp. 106,<br />

109). A ver<strong>da</strong>de é que a reação contra o naturalismo e contra o pensamento<br />

causai não é, na Gesialttheorie, nem conseqüente nem radical, como se pode<br />

vê-lo por sua teoria do conhecimento ingenuamente realista (cf. La structure<br />

du comportement, p. 180). A Gestalttheorie não vê que o atomismo psicológico<br />

é apenas um caso particular de um prejuízo mais geral: o prejuízo do ser<br />

determinado ou do mundo, e é por isso que ela esquece as suas descrições<br />

mais váli<strong>da</strong>s quando procura <strong>da</strong>r-se um arcabouço teórico. Ela só não tem<br />

imperfeições nas regiões médias <strong>da</strong> reflexão. Quando quer refletir em suas<br />

próprias análises, ela trata a consciência, a despeito de seus princípios, como<br />

uma reunião de '' formas''. Isso basta para justificar as críticas que Husserl<br />

dirigiu expressamente à teoria <strong>da</strong> Forma, assim como a to<strong>da</strong> psicologia<br />

{Nachwort zu meinen Ideen, pp. 564 ss.), em uma época em que ele ain<strong>da</strong> opunha<br />

o fato à essência, em que ain<strong>da</strong> não tinha adquirido a idéia de uma constituição<br />

histórica, e em que, por conseguinte, sublinhava, entre a psicologia<br />

e a fenomenologia, antes a cesura que o paralelismo. Citamos em outro lugar<br />

(La structure du comportement, p. 280) um texto de Fink que restabelece o<br />

equilíbrio. Quanto à questão de fundo, que é a <strong>da</strong> atitude transcendental<br />

em face <strong>da</strong> atitude natural, ela só poderá ser resolvi<strong>da</strong> na última parte, em<br />

que se examinará a situação transcendental do tempo.<br />

IV. 0 campo fenomenal<br />

1. Koffka, Perception, an Introduction to the Gestalt Theory, pp. 558-559.<br />

2. Id., Mental Development, p. 138.<br />

3. Scheler, Die Wissensformen und die Gesellschaft, p. 408.<br />

4. Cassirer, Philosophie der symbolischen Formen, t. III, Phãnomenologie der<br />

Erkenntnis, pp. 77-78.<br />

5. Como o faz L. Brunschvicg.<br />

6. Cf., por exemplo, L 'expérience humaine et Ia causalitéphysique, p. 536.<br />

7. Cf., por exemplo, Alain, Quatre-vingt-un chapitres sur Vesprit et les passions,<br />

p. 19, e Brunschvicg, L'expérience humaine et Ia causahtéphysique, p. 468.<br />

8. Cf. La structure du comportement e aqui adiante, 1? parte.<br />

9. Por isso poderemos, nos capítulos seguintes, recorrer indiferentemente<br />

à experiência interna de nossa percepção e à experiência "externa"<br />

dos sujeitos que percebem.<br />

10. Scheler, Idole der Selbsterkenntnis, p. 106.<br />

11. Cf. La structure du comportement, pp. 106-119 e 261.<br />

12- Ele é exposto nestes termos na maior parte dos textos de Husserl<br />

e mesmo nos textos publicados em seu último período.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!