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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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8 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

versamente <strong>de</strong> lá, aqui nobreza e clero não a<strong>de</strong>riram à reforma apesar<br />

da simpatia <strong>de</strong> alguns e da neutralida<strong>de</strong> quase cúmplice <strong>de</strong> D. Pedro<br />

II; quem a<strong>de</strong>riu foram damas, como Da. Maria Antônia, filha <strong>de</strong> barão;<br />

as filhas do Comendador Barros, latifundiário e magnata do café;<br />

duas senhoras da parentela <strong>de</strong> Honório Hermeto, a gente Paranaguá,<br />

<strong>de</strong> Correntes, Piauí e outros. Casos importantes, mas isolados. E nem<br />

a<strong>de</strong>riram vigários e padres, exceto um tanto tar<strong>de</strong>: José Manuel da Conceição<br />

teve a simpatia <strong>de</strong> alguns <strong>de</strong>les, mas veio só, ficou só e morreu<br />

só. Padres (alguns, e <strong>de</strong> valor) vieram <strong>de</strong>pois, quando as igrejas-<strong>de</strong>reforma<br />

já estavam estruturadas no mo<strong>de</strong>lo missionário. Aqui, como<br />

lá, a reforma nasceu com a Bíblia e teve características discretas <strong>de</strong><br />

reavivamento espiritual sem barulheira. Mas aqui, como lá, a emotivida<strong>de</strong>,<br />

quando intensa, <strong>de</strong>u em iluminismo, como no caso do primeiro<br />

cisma, o do Dr. Miguel Vieira Ferreira na Igreja do Rio.<br />

O galicismo do professor repontava, parecia-me então, em<br />

observações que diplomaticamente fazia à ausência em nós <strong>de</strong><br />

conhecimento direto <strong>de</strong> Calvino; e quando eu lhe objetava com<br />

Westminster e Hodge o professor sugeria que “talvez” houvesse ali<br />

traços <strong>de</strong> escolástica calvinista, e não <strong>de</strong>víamos “também” cultivar<br />

Calvino propriamente dito?<br />

E mais <strong>de</strong> uma vez o historiador do protestantismo brasileiro me<br />

afirmava que às “<strong>de</strong>nominações” tradicionais, e particularmente à<br />

presbiteriana, po<strong>de</strong>ria caber a missão histórica <strong>de</strong> oferecer estrutura<br />

bíblica não-sectária aos nossos iluministas; pois assim o movimento<br />

<strong>de</strong>les que com dinamismo atingia grupos menos privilegiados da socieda<strong>de</strong><br />

brasileira teria soli<strong>de</strong>z para enfrentar a história.<br />

Mais tar<strong>de</strong> ao ler sua Histoire du Protestantisme creio que o entendi<br />

melhor e afinal, na teologia apologética <strong>de</strong> F. Turretini (que foi básico<br />

na elaboração da Teologia <strong>de</strong> Princeton, a qual mo<strong>de</strong>lou nossos primeiros<br />

missionários), vi mais claramente a distinção entre escolástica<br />

calvinista (valiosa) e João Calvino (inestimável).<br />

Tentei aplicar as conclusões do sábio francês (e presbítero regente)<br />

à ação eclesiástica.

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