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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 21 • 413<br />

e horrendas imprecações. Em contrapartida, costumavam falar daqueles<br />

que <strong>de</strong>veriam ser uma bênção, cujos nomes apresentamos em<br />

nossas orações como exemplo <strong>de</strong> como <strong>de</strong>sejamos ser abençoados;<br />

como se uma pessoa, por exemplo, dissesse: Que Deus graciosamente<br />

te conceda o mesmo favor que conce<strong>de</strong>u a seu servo Davi! Não rejeito<br />

tal interpretação, porém fico mais satisfeito com aquela que consi<strong>de</strong>ra<br />

as palavras como subenten<strong>de</strong>ndo que o rei, recebendo abundância <strong>de</strong><br />

todo gênero <strong>de</strong> coisas excelentes, servia <strong>de</strong> exemplo para ilustrar a<br />

liberalida<strong>de</strong> divina.<br />

Devemos atentar bem para o que se diz imediatamente a seguir<br />

sobre a alegria: Tu o alegraste com júbilo diante <strong>de</strong> teu semblante. 6<br />

A<br />

intenção do povo não era só que Deus fizesse bem ao rei, visto que ele o<br />

contemplava com um olhar benigno e paternal, mas também realçavam<br />

a própria causa <strong>de</strong>ssa alegria, nos informando que ela procedia do conhecimento<br />

que o rei tinha <strong>de</strong> ser objeto do divino favor. Não nos seria<br />

suficiente que Deus se preocupe conosco e supra nossas necessida<strong>de</strong>s<br />

se, em contrapartida, não nos iluminasse com a luz <strong>de</strong> seu semblante<br />

gracioso e conciliador, bem como não nos fi ze s se experimentar sua benevolência,<br />

como já vimos no Salmo 4: “Muitos dizem: Quem nos mostrará<br />

o bem? Levanta, Se nhor, sobre nós a luz <strong>de</strong> teu semblante, e seremos<br />

salvos” [v. 6]. E, além <strong>de</strong> toda e qualquer dúvida, é verda<strong>de</strong>ira e sólida<br />

felicida<strong>de</strong> experimentarmos que Deus nos é tão favorável, que vivemos<br />

como se estivéssemos em sua imediata presença.<br />

[vv. 7-10]<br />

Pois o rei confia em Jehovah, e pela bonda<strong>de</strong> do Altíssimo permanecerá<br />

inabalável. Tua mão atingirá todos os teus inimigos, tua <strong>de</strong>stra atingirá<br />

todos os que te o<strong>de</strong>iam. No tempo <strong>de</strong> tua ira, tu os porás como numa fornalha<br />

ar<strong>de</strong>nte; Jehovah 7<br />

em sua ira os opri mirá, e o fogo os consumirá.<br />

Tu <strong>de</strong>struirás da terra seu fruto e sua posterida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntre os filhos dos<br />

homens.<br />

6 Walford redige assim esta frase: “Tu o fizeste alegre com a alegria <strong>de</strong> tua presença.”<br />

7 Essa tradução concorda com a pontuação na versão francesa. Segundo a pontuação na versão<br />

latina, Jehovah é associado à cláusula prece<strong>de</strong>nte, assim: “No tempo <strong>de</strong> tua ira, ó Jehovah!”

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