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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 18 • 323<br />

refúgio, temos: minha fortaleza, meu salvador, tu me preservarás da<br />

violência; palavras que fazem a oração mais completa, o significado,<br />

porém, permanecendo o mesmo.<br />

[vv. 3-6]<br />

Invocarei a Jehovah louvado, e serei salvo <strong>de</strong> meus inimigos. Cordas 8<br />

<strong>de</strong><br />

morte me têm cercado; e torrentes <strong>de</strong> perversida<strong>de</strong> 9<br />

me puse ram em sobressalto.<br />

Cordas da sepultura 10 0<br />

me têm cercado; laços <strong>de</strong> morte me têm<br />

circundado. Em minha angústia invoquei a Jehovah, e clamei ao meu Deus;<br />

<strong>de</strong> seu templo ele ouviu minha voz, e meu clamor chegou à sua presença,<br />

sim, aos seus ouvidos.<br />

3. Invocarei a Jehovah louvado. Invocar a Deus, como vimos<br />

em outro lugar, freqüentemente compreen<strong>de</strong> seu culto como um todo;<br />

mas quanto ao efeito ou fruto <strong>de</strong> oração que é particularmente mencionado<br />

no que se segue, esta frase da passagem que ora temos diante<br />

<strong>de</strong> nós, não tenho dúvida <strong>de</strong> que significa recorrer a Deus em busca<br />

<strong>de</strong> proteção e solicitar seu livramento. Tendo Davi dito no segundo<br />

versículo que confiava em Deus, ele agora junta isto como evidência<br />

<strong>de</strong> sua confiança; pois todo aquele que confia em Deus rogará energicamente<br />

por seu auxílio nos transes <strong>de</strong> extrema necessida<strong>de</strong>. Ele, pois,<br />

<strong>de</strong>clara que será salvo e será vitorioso sobre todos os seus inimigos,<br />

porque recorrerá ao auxílio divino. Ele chama Deus o Jehovah louvado,<br />

não só para notificar que ele é digno <strong>de</strong> ser louvado, como quase todos<br />

os intérpretes o explicam, mas também para realçar que, quando ele<br />

se achegasse ao trono da graça, suas orações seriam misturadas com<br />

e entretecidas <strong>de</strong> louvores. 11<br />

8 “Ou brisemens.” – versão francesa marginal. “Ou contrições.”<br />

9 “Heb. <strong>de</strong> Belial.” – versão francesa marginal. “Heb. <strong>de</strong> Belial.”<br />

10 “Ou <strong>de</strong> corruption.” – versão francesa marginal. “Ou <strong>de</strong> corrupção.”<br />

11 A palavra no texto hebraico, llhm, mehullal, literalmente significa louvado. As versões antigas<br />

viam a palavra não como <strong>de</strong>notando que Deus é digno <strong>de</strong> ser louvado, que é o significado atribuído<br />

a ela em nossa versão inglesa, mas como uma referência à resolução do salmista <strong>de</strong> louvar<br />

a Deus. A Septuaginta lê: Ainwn epikalesomai Kurion: “Louvando eu invocarei ao Senhor.” A redação<br />

da Vulgata é a mesma: “Laudans invocabo.” A Caldaica lê: “Num cântico ou hino <strong>de</strong>rramo orações<br />

ao Senhor”; e a Arábica: “Louvarei ao Senhor e o invocarei.” Esse é precisamente o sentido em que<br />

Calvino enten<strong>de</strong> a palavra: “Invocarei Jehovah louvado.”

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