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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 18 • 349<br />

teus olhos são contra os altivos, e tu os abaterás [22.28]. Essa diferença,<br />

todavia, não produz alte ração quanto ao significado, exceto que o Espírito<br />

Santo, aí, ameaça <strong>de</strong> forma mais franca os altivos <strong>de</strong> que, como Deus<br />

se encontra em vigilância para <strong>de</strong>rrubá-los, é impossível que escapem<br />

da <strong>de</strong>struição. A essência <strong>de</strong> ambas as passagens é esta: quanto mais os<br />

ímpios se entregam à satisfação <strong>de</strong> suas próprias inclinações, sem qualquer<br />

medo do perigo, e quanto mais altaneiramente <strong>de</strong>sprezam os pobres<br />

e aflitos que se acham sob seus pés, mais próximos da <strong>de</strong>struição se encontram.<br />

Portanto, sempre que se irromperem contra nós com escárnio e<br />

<strong>de</strong>sdém, saibamos que não há nada que impeça a Deus <strong>de</strong> repelir sua violenta<br />

pertinácia, senão que seu orgulho ainda não chegou ao seu auge.<br />

[vv. 28-32]<br />

Pois tu acen<strong>de</strong>rás minha lâmpada, ó Jehovah; meu Deus alumiará minhas<br />

trevas. Pois por ti 41 eu rompo a cunha 42 <strong>de</strong> uma tropa, e por meu Deus eu<br />

saltarei por sobre um muro. O caminho <strong>de</strong> Deus é perfeito; a palavra <strong>de</strong><br />

Jehovah é refinada [ou purificada]; ele é um escudo para todos quantos<br />

nele confiam. Pois quem é Deus além <strong>de</strong> Jehovah? e quem é forte senão<br />

nosso Deus? É Deus quem me cingiu <strong>de</strong> força e fez perfeito meu caminho.<br />

28. Pois tu acen<strong>de</strong>rás minha lâmpada, ó Jehovah. No cântico em 2<br />

Samuel, a forma <strong>de</strong> expressão é um tanto mais precisa; pois ali se diz não<br />

que Deus acen<strong>de</strong> nossa lâmpada, mas que ele mesmo é nossa lâmpada.<br />

O significado, contudo, vem a ser o mesmo, ou seja, que foi pela graça <strong>de</strong><br />

Deus que Davi, que havia sido precipitado nas trevas, foi trazido <strong>de</strong> volta<br />

para a luz. Davi ren<strong>de</strong> graças a Deus não simplesmente por haver ele acendido<br />

uma lâmpada diante <strong>de</strong>le, mas também por haver convertido suas<br />

trevas em luz. Ele, pois, reconhece que havia sido reduzido a tal extremo<br />

<strong>de</strong> angústia, que se transformara em alguém cuja condição era miserável<br />

e sem esperança; pois ele compara o estado confuso e perplexivo <strong>de</strong> suas<br />

ativida<strong>de</strong>s a trevas. Isso, <strong>de</strong>veras, pela transferência <strong>de</strong> coisas materiais<br />

para coisas espirituais, po<strong>de</strong> aplicar-se à iluminação do entendimento; ao<br />

41 “Par ta vertu.” – versão francesa marginal. “Isto é, por meio <strong>de</strong> teu po<strong>de</strong>r.”<br />

42 Cuneum. Um batalhão ou companhia <strong>de</strong> infantaria alinhada na forma <strong>de</strong> uma cunha, para<br />

melhor romper as fileiras dos inimigos.

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