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Comentário de Salmos - Vol. 1

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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198 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

tempo, espalham suas re<strong>de</strong>s com o fim <strong>de</strong> enganar [as vítimas].<br />

Ele reitera uma vez mais tudo isso no versículo 10, fazendo uma<br />

<strong>de</strong>scrição muito bela e gráfica da própria aparência ou gesto <strong>de</strong>sses seres<br />

perversos, precisamente como se pusesse diante <strong>de</strong> nossos olhos<br />

um retrato <strong>de</strong>les. Encurva-se, diz ele, e abaixa-se, 34<br />

para que suas vítimas<br />

não tenham como fugir, realçando ainda mais a cruelda<strong>de</strong> [do<br />

caçador]. Pois aqueles a quem não po<strong>de</strong>m ferir por causa da distância,<br />

os fazem cair em suas re<strong>de</strong>s. E assim vemos como Davi reúne essas<br />

duas coisas: primeiro, as armadilhas ou engodos; e então, a violência<br />

súbita, tão pronto tenha a presa caído em suas mãos. Pois na segunda<br />

cláusula ele quer dizer que, sempre que percebem o simplório caindo<br />

em seu po<strong>de</strong>r, lançam-se sobre ele <strong>de</strong> surpresa com gana selvagem,<br />

como faz um leão que, furiosamente, se lança sobre sua presa, rasgando-a<br />

em pedaços. 35<br />

A intenção óbvia do salmista é que os ímpios<br />

<strong>de</strong>vem ser temidos <strong>de</strong> todos os lados, visto que dissimulam sua cruelda<strong>de</strong>,<br />

até que alcançam os que são apanhados em suas re<strong>de</strong>s, a quem<br />

anseiam por <strong>de</strong>vorar. Há nas palavras certa obscurida<strong>de</strong>, para as quais<br />

chamaremos a atenção sucintamente. Na cláusula que traduzimos por<br />

uma multidão <strong>de</strong> aflitos, a palavra hebraica,

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